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MS: Dívida do SNS aos fornecedores mantém-se ao nível de 2015

20 de janeiro de 2017

O ministro da Saúde reconheceu ontem no Parlamento que a dívida aos fornecedores mantém-se nos níveis e com os prazos de pagamento de 2015, quando estava no poder o anterior Governo.

Adalberto Campos Fernandes falava em resposta à deputada Isabel Galriça Neto (CDS) que questionou o ministro sobre a dívida do Serviço Nacional de Saúde (SNS) que, segundo disse, cresce a um ritmo de 27 milhões de euros por mês.

«Vamos terminar o ano [de 2016] com um “stock” de dívida e com os prazos de pagamento em linha com o que encontrámos no final de 2015», disse o ministro, acrescentando sobre a dívida: «Não pagámos como vocês também não pagaram».

O ministro reiterou o que já tinha anunciado neste debate, que o SNS termina 2016 com a melhor execução orçamental de sempre, o que levou Isabel Galriça Neto a questioná-lo sobre onde foram os cortes, para que tenha sido obtido este resultado.

«Com essa boa execução orçamental, onde é que cortou?», perguntou a deputada, citada pela “Lusa”.

Adalberto Campos Fernandes respondeu que não se tratou de «nenhum milagre», mas antes de «rigor e justiça social».

O debate tem sido pautado por acusações da oposição que apontam para «o caos» em alguns serviços do SNS e com o ministro a recusar a ideia, afirmando que se trata de «teorias».

«O ruído não adianta nada. Os portugueses sabem bem a diferença entre factos e ruído», disse Adalberto Campos Fernandes.