MS quer rapidez na averiguação de novo caso com presidente do INEM 20 de Março de 2015 O Ministério da Saúde (MS) pediu rapidez na averiguação do caso em que terá havido intervenção do presidente do INEM no transporte de uma doente de helicóptero do hospital de Cascais para o de Abrantes. Em declarações aos jornalistas, o secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde, Leal da Costa, disse que é necessário, «o mais rapidamente possível», chegar a uma conclusão sobre o que aconteceu, tendo pedido rapidez à Inspeção-geral das Atividades em Saúde (IGAS). «A notícia fala de uma eventual má prática médica e eventual mau uso dos sistemas de socorro e é isso que tenho de averiguar. Depois da avaliação técnica tirarei as conclusões políticas necessárias», afirmou Leal da Costa, à margem de uma cerimónia que assinalou em Lisboa o Dia da Saúde Oral. De acordo com a “Lusa”, a IGAS abriu já um processo de averiguações à intervenção do presidente do INEM no caso da uma doente transportada de helicóptero do hospital de Cascais para o de Abrantes. O caso, divulgado na quinta-feira no Jornal da Noite da SIC e que hoje é manchete no “Jornal de Notícias”, refere-se a uma doente oncológica que deu entrada na urgência do Hospital de Cascais a 24 de janeiro. O secretário de Estado admitiu que a notícia levanta uma suspeita, mas que não é conclusiva: «Tive conhecimento de um episódio por uma notícia de jornal que obviamente vai ser investigado. A notícia é muito pouco clara sobre o que está em cima da mesa e preciso de saber objetivamente o que aconteceu. Isso será feito pela IGAS para tentar chegar a uma conclusão o mais rapidamente possível». Leal da Costa frisou que a averiguação serve para perceber se «existiu eventualmente algum erro por parte do presidente do INEM» e que a rapidez pedida se deve ao facto de o INEM ser um serviço da «maior importância» e ainda por este não ser o primeiro episódio a levantar dúvidas em relação ao responsável do organismo. A IGAS também se encontra a investigar o desvio de uma ambulância com uma doente prioritária que, segundo um sindicato do INEM, terá ocorrido para que a mulher do presidente do instituto entrasse a horas no hospital onde trabalha. Na queixa enviada à Inspeção-geral da Saúde, o Sindicato dos Técnicos de Ambulância refere que, «sendo a doente considerada prioritária, nunca poderia existir qualquer desvio do percurso, dado que se corria o risco de a doente sofrer consequências mais graves». O caso ocorreu este mês e envolveu a viatura médica de emergência e reanimação (VMER) de Gaia, que acompanhava uma ambulância com a doente para o hospital de Santo António (Porto). Segundo o Sindicato, quando a ambulância teve de parar numa passagem de nível fechada, a condutora da VMER (enfermeira e mulher do presidente do INEM) decidiu alterar a rota para que a equipa fosse rendida. Terá sido o próprio presidente do INEM que transportou a equipa que ia substituir a da sua mulher, tendo-a depois levado ao hospital de Gaia, onde iria entrar ao serviço. A queixa refere também que o presidente do INEM, Paulo Campos, entrou na ambulância para cumprimentar toda a equipa e a doente. |