MS: Suspensão de cirurgias de rotina em tempo de gripe é «totalmente normal» 04 de janeiro de 2016 O ministro da Saúde garantiu ontem que a suspensão de cirurgias de rotina por falta de camas em períodos de gripe é «totalmente normal» e uma «boa prática dos hospitais» como o de Tondela-Viseu. «Não há nenhuma novidade», respondeu Adalberto Campos Fernandes, quando questionado sobre o alerta feito ontem pelo Centro Hospitalar Tondela-Viseu, que poderá ter de cancelar cirurgias de rotina durante o plano de contingência por falta de camas para internamento. Para o governante, que falava à margem da tomada de posse dos corpos gerentes da Misericórdia do Porto, «o que está a acontecer é totalmente normal, acontece sempre e é uma boa prática dos hospitais na gestão do seu contingente de internamento em termos de plano especial de inverno». Segundo o ministro da Saúde, «faz parte todos os anos» dos planos de contingência «poder diferir alguma cirurgia não urgente» e «acomodar esses doentes dentro de um quadro de flexibilidade e de elasticidade do sistema». O Centro Hospitalar Tondela Viseu alertou ontem que as cirurgias de rotina poderão ser canceladas durante o plano de contingência que ficará em vigor enquanto durarem as baixas temperaturas, devido à falta de camas para internamento. Em declarações aos jornalistas, a diretora clínica do Centro Hospitalar Tondela Viseu, Helena Pinho, explicou que já há «muitos doentes internados a cargo da Medicina», numa altura em que ainda não terá sido atingido o «pico» dos casos de infeções respiratórias. O plano de contingência está ativo desde segunda-feira e assim se manterá enquanto se registarem temperaturas mínimas muito baixas, que habitualmente levam ao prolongamento do período das infeções respiratórias. Em 2016, o plano vigorou até abril. |