Nada existe que confirme a eficácia das pulseiras anti-insetos, diz DGS 465

Nada existe que confirme a eficácia das pulseiras anti-insetos, diz DGS

12 de Agosto de 2016

«As nossas recomendações têm evidência científica. Outras questões não passam de mitos, modas e informação sem fundamento científico», diz a subdiretora-geral de Saúde, Graça Freitas.

A subdiretora-geral de Saúde (DGS) afirmou que as pulseiras anti-insetos, muito em voga, «não substituem nenhum dos mecanismos habituais» de prevenção contra picadas.

Com a vaga de calor que tem afetado Portugal, por estes dias a “bicharada” dá sinais da sua presença, tornando-se incomodativa e, muitas vezes, especialmente para crianças, um suplício.

No mercado, surge, entretanto, um novo produto, as pulseiras anti-insetos, algumas vendidas como específicas para crianças, mas a subdiretora da Saúde diz que nada existe que confirme a eficácia das pulseiras, pelo que «as pessoas devem utilizar também os mecanismos habituais para evitar as picadas».

«A recomendação mais genérica é que as pessoas usem repelente, utilizem roupa de fibras naturais, larga e de cor clara que cubra a maior parte do corpo. Devemos ter especial atenção aos pés, porque as pessoas aplicam o repelente mas esquecem-se dessa parte do corpo», acrescentou Graça Freitas.

Quando se fala deste tema costuma-se dizer que a ingestão de bebidas alcoólicas, a transpiração ou mesmo o tipo de alimentação podem propiciar as picadas de insetos, mas trata-se de mitos.

«Os insetos têm preferência por algumas características das pessoas. Mas existem muitos mitos no que toca a este assunto. As nossas recomendações têm evidência científica. Outras questões não passam de mitos, modas e informação sem fundamento científico», esclarece a subdiretora da DGS.

Segundo Graça Freitas, qualquer pessoa pode ser picada por insetos. No entanto, algumas »devem ter mais precauções que outras pessoas», incluindo-se aqui «grávidas, crianças e pessoas vulneráveis».

A DGS avisa as pessoas para estarem particularmente atentas às águas paradas que são uma verdadeira incubadora para o aparecimento de insetos, e à entrada de moscas ou formigas em casa, pelo perigo que representam como portadores de matérias nocivas.