A Nigéria recebeu mais de 1 milhão de vacinas da reserva global financiada pela Aliança Global de Vacinas (Gavi, na sigla em inglês) para combater um surto de meningite na parte norte do país, anunciou o Governo.
Pelo menos 74 pessoas morreram da doença, com mais de 800 casos registados em 23 dos 36 estados da Nigéria, de acordo com o Centro de Controlo de Doenças da Nigéria (NCDC, na sigla em inglês).
A região norte da Nigéria foi a mais afetada pela doença.
O ministro da Saúde, Muhammad Ali Pate, afirmou, na sexta-feira, de acordo com a Lusa, que a chegada das vacinas é um marco crucial na resposta da Nigéria ao atual surto de meningite.
“Demos prioridade à preparação para epidemias e à resposta rápida como parte da nossa agenda mais alargada de segurança sanitária”, afirmou Pate numa declaração conjunta da Gavi, UNICEF, Organização Mundial da Saúde (OMS) e Governo nigeriano.
A vacina é também fundamental para a segurança sanitária da Nigéria a longo prazo, ajudando a prevenir futuros surtos e salvaguardando as gerações futuras, disse Walter Kazadi Mulombo, representante da OMS na Nigéria.
A meningite, mais comum durante a estação quente na Nigéria, afeta as membranas protetoras que envolvem o cérebro e a espinal medula.
A doença constitui um importante desafio de saúde pública no país mais populoso de África, que também trava um combate contra a malária.
A Nigéria recebeu anteriormente ajuda da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID, na sigla em inglês) para combater estas doenças, mas esse apoio foi recentemente retirado em virtude do encerramento deste departamento pelo Presidente norte-americano, Donald Trump.
A Nigéria está localizada numa área conhecida como Cinturão Africano de Meningite.
Entre 2022 e 2023, o país registou 2.765 casos suspeitos e 190 mortes, de acordo com o NCDC.
A Nigéria está a trabalhar para aplicar um roteiro aprovado pela Assembleia Mundial da Saúde em novembro de 2020 que visa erradicar a meningite até 203
