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Nova ala pediátrica do S. João arranca em setembro

14 de Agosto de 2015

O presidente da Associação Humanitária Um Lugar para o Joãozinho confirmou ontem ter sido assinado um acordo com o Hospital de S. João e duas construtoras para avançar com a obra da nova ala pediátrica.

Em resposta à agência “Lusa”, Pedro Arroja afirmou que «o acordo recebeu as últimas assinaturas esta segunda-feira».

Contactada pela “Lusa”, fonte do Centro Hospitalar de S. João referiu que a administração daquela unidade hospitalar não faz quaisquer comentários.

O Futebol Clube do Porto anunciou hoje, através da sua newsletter, ter sido «finalmente assinado» um acordo entre o Centro Hospitalar S. João e a Associação Joãozinho, e duas construtoras, para arrancar em setembro com a construção da nova ala pediátrica.

Na newsletter “Dragão Diário”, o FCP refere que este acordo «é uma boa notícia».

«Foi finalmente assinado o acordo entre o Hospital de São João, a Associação Humanitária Um Lugar para o Joãozinho e as construtoras Lúcios e Somague para a construção da nova ala pediátrica do maior centro hospitalar da região Norte. As obras arrancam dentro de um mês. É uma boa notícia para o Hospital, uma boa notícia para o Porto e uma boa notícia para o país», anunciou o FCP, que desde a primeira hora apoiou este projeto e promoveu este ano a Gala do Joãozinho, que visou angariar fundos para o projeto.

No dia 18 de junho, o presidente da associação afirmou à “Lusa” aguardar «a todo o momento» ver sanadas as divergências com a administração do Hospital de S. João, no Porto, para avançar com a construção da nova ala pediátrica daquela unidade hospitalar.

«Estou a todo o momento à espera do novo documento, amigável, para sarar o problema», afirmou ontem, em entrevista à “Lusa”, Pedro Arroja, presidente daquela associação criada em janeiro do ano passado com o objetivo de obter financiamento para a nova ala pediátrica do Centro Hospitalar de S. João.

Contactada pela “Lusa”, fonte oficial do Hospital afirmou que «o Centro Hospitalar de São João e a Associação Humanitária Um Lugar pró Joãozinho estão a trabalhar para conseguir um documento de consenso que respeite integralmente a lei e que permita à Associação levar o efeito a sua notável obra benemérita de apoio» à unidade hospitalar.

O estaleiro da obra foi montado em abril, mas, devido a divergências com a administração do S. João, a obra está parada.

A 18 de junho, em declarações à “Lusa”, Pedro Arroja afirmou que estava previsto que, após o lançamento da 1.ª pedra da empreitada, que decorreu a 3 de março, fosse assinado um documento em que a associação doava ao Centro Hospitalar «a obra conducente à construção da nova ala pediátrica».

«Esse era o objetivo, o “Joãozinho” doar a obra ao S. João», disse, adiantando que, contudo, a administração do hospital decidiu solicitar um parecer ao escritório de advogados Cuatrecasas e o documento não agradou à associação, o que fez parar a obra, orçada em cerca de 25 milhões de euros.

Segundo Pedro Arroja, trata-se de «um documento em que o hospital só tem direitos e os mecenas só têm obrigações», que impõe «condições inaceitáveis» e levanta «a hipótese de recurso a um tribunal no caso de incumprimentos de execução técnica da obra ou do prazo».

O responsável referiu acreditar que a resolução está para muito breve, uma vez que o presidente do Conselho de Administração do S. João, António Ferreira, já lhe manifestou intenção de pretender «sarar o problema».