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Nova técnica permite detetar células cancerosas no sangue

06 de Janeiro de 2015

Um grupo de cientistas nos EUA descobriu um método para detetar no sangue células cancerosas que se deslocam pelo fluxo sanguíneo, em busca de novos locais do corpo para se alojarem, segundo informações avançadas pelo “Público”.

A técnica, que consiste em espetar pequenos pedaços específicos de ADN à superfície de pequenas bolas de ouro, pode destruir as células cancerosas antes de elas se fixarem noutros órgãos e originarem metástases.

Investigadores da Universidade Northwestern conseguiram iluminar estas células do interior por uma salva de microscópicos very-light. Os cientistas deram à sua invenção o nome de NanoFlares (nano-clarões) e mostraram, em várias condições experimentais, que eles permitem detetar individualmente as células cancerosas na circulação sanguínea, mas também isolá-las. E que, como não matam estas células, permitem ainda cultivá-las no laboratório para testar a eficácia de diversos fármacos anti-cancro.

«Tanto quanto sabemos, esta é a primeira abordagem baseada na genética que permite ao mesmo tempo o isolamento e a análise genética intracelular de células tumorais vivas em circulação», escreveram os investigadores na revista “Proceedings of the National Academy of Sciences” (PNAS).

«O NanoFlare acende uma luz dentro das células cancerosas que procuramos», acrescentou o co-autor do artigo publicado na PNAS, Shad Thaxton, em comunicado da Universidade Northwestern. «E o facto de os NanoFlares serem eficazes na complexa matriz do sangue humano constitui um enorme avanço técnico. Conseguimos encontrar pequenos números de células cancerosas no sangue, o que é mesmo como procurar uma agulha num palheiro».