Novartis demonstra que a perda de volume cerebral na esclerose múltipla está associada à progressão da incapacidade 09 de outubro de 2014 Durante o ECTRIMS – ACTRIMS, que decorreu em Boston, nos EUA, a Novartis revelou novos dados relativos ao tratamento de doentes com esclerose múltipla (EM) que tomaram fingolimod, nomeadamente no que toca aos quatro parâmetros que medem a atividade da doença: surtos, lesões captantes na ressonância magnética, perda de volume cerebral e progressão da incapacidade. Os novos dados, citados num comunicado, permitem demonstrar que a perda de volume cerebral está associada à progressão da incapacidade a longo prazo. Perante a análise dos resultados, também se verificou que os doentes com esclerose múltipla surto-remissão muito ativa tratados com fingolimod apresentaram menores taxas de perda de volume cerebral e, principalmente, que essas taxas se mantiveram estáveis ao longo do tempo. Os resultados de estudos clínicos a longo prazo, agora apresentados, revelaram que a taxa de perda de volume cerebral em doentes tratados com fingolimod manteve-se semelhante ao longo de seis anos, entre os 0,33% e os 0,46%, sendo que o valor comum em pessoas com EM é de cerca de 0,5% a 1,35% por ano. O cérebro humano tende a perder volume com a idade, mas a pessoa com esclerose múltipla perde volume cerebral três a cinco vezes mais rapidamente do que uma pessoa sem a doença. Na pessoa com esclerose múltipla, a perda de volume cerebral inicia-se precocemente, ainda antes da maioria dos sintomas ocorrerem, e está associada à perda da função física e cognitiva. A perda da função física e cognitiva na EM é impulsionada por dois tipos de lesões que resultam na perda de neurónios e de tecido cerebral – lesões inflamatórias focais e processos inflamatórios neurodegenerativos mais difusos. As lesões inflamatórias focais resultam na perda de tecido cerebral e podem apresentar-se clinicamente como surtos. O processo inflamatório generalizado, que passa muitas vezes despercebido, começa no início da doença e está associado a perda de tecido cerebral e perda de funções físicas. Redefinir o que significa “ausência de atividade da doença” para incluir os quatro parâmetros que medem a atividade da doença medidas, aborda os dois tipos de lesões, permitindo aos médicos uma avaliação mais abrangente e equilibrada da EM e da eficácia do tratamento. |