30 de outubro de 2014 A Novartis anunciou que os resultados líquidos do terceiro trimestre subiram 45% para 3,2 mil milhões de dólares, motivados, em parte, pela venda de ações da Idenix Pharmaceuticals à Merck Sharp & Dohme (MSD), avaliada em 800 milhões de dólares. De acordo com o “FirstWord”, as receitas geradas neste período de três meses subiram 4% para 14,7 mil milhões de dólares, ultrapassando os 14,5 mil milhões de dólares previstos pelos analistas. O CEO Joseph Jimenez disse que a «Novartis apresentou um terceiro trimestre forte», acrescentando que «revelámos um sólido crescimento de vendas com margem de progressão». A empresa revelou que os produtos em expansão cresceram 21%, neste trimestre, para 4,9 mil milhões de dólares, representando 33% do total de vendas. A receita dos mercados emergentes, por sua vez, subiu 10% para 3,9 mil milhões de dólares, liderada pela China, Brasil e Rússia. A Novartis notou que a receita gerada a partir da prescrição de medicamentos foi estável, atingindo os 7,9 mil milhões de dólares. O crescimento de vendas por unidade do Diovan, um dos fármacos da Novartis, foi ultrapassado em 8% por produtos concorrentes, nos Estados Unidos e no Japão As receitas geradas pelo medicamento para a hipertensão caíram 50% para 420 milhões de dólares. Por sua vez, as vendas do Gleevec subiram 7% para 1,2 mil milhões de dólares e as receitas do Gilenya aumentaram 26% para os 653 milhões de dólares. Para além disso, as vendas do Afinitor e do Tasigna cresceram 21% e 24%, respetivamente, para 408 milhões e 391 milhões de dólares. A Novartis reforçou ainda a sua previsão de crescimento de vendas anuais. Chi Tran-Bränd, analista do J. Safra Sarasin, disse que os resultados foram «extremamente agradáveis», tendo em conta o período de transição que a Novartis está a atravessar. «As margens, e não apenas as vendas, são melhores do que as previsões. Este é um grande feito para uma farmacêutica nesta fase do seu ciclo de crescimento». Tran-Bränd realçou que a «a direção da Novartis está a fazer um bom trabalho de gestão dos custos». A Novartis anunciou recentemente um acordo com a CSL para vender a sua unidade de vacinas antigripais por 275 milhões de dólares, após ter acordado com a GlaxoSmithKline (GSK) no início do ano alienar-se dos seus ativos relativos às restantes vacinas, por 7,1 mil milhões de dólares mais royalties. Para além disso, a Novartis vai comprar a unidade de cancro da GSK por 16 mil milhões de dólares e vai vender o seu negócio de saúde animal à Eli Lilly por 5,4 mil milhões de dólares. «Creio que estamos a construir uma boa dinâmica para nos tornarmos numa empresa mais focada e mais rentável», disse Jimenez. O responsável disse que a empresa vai continuar à procura de pequenas aquisições para complementar o negócio farmacêutico, oftalmológico e de genéricos. Em agosto, a Novartis revelou que o medicamento experimental LCZ696 reduz o risco de morte por causas cardiovasculares em 20%, quando comparado com o tratamento standard, isto é, a administração do inibidor de ACE, o enalapril, em pacientes com insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida. Jiminez adiantou que a empresa espera, nos próximos dois meses, concluir a redação do pedido de autorização para o uso do fármaco junto da Food and Drug Administration (FDA), sendo que a agência apenas tomará uma decisão em finais de 2015. O CEO lembrou que o LCZ696, que combina o Diovan com o sacubitril, poderá gerar um pico de vendas anuais entre os 2 mil milhões e os 5 mil milhões de dólares. No entanto, Jiminez considerou que algumas estimativas que rondam os 8 mil milhões e os 10 mil milhões de dólares anuais são «demasiado otimistas». No início deste mês, um comité consultivo da FDA votou por unanimidade a favor da aprovação do inibidor seletivo de IL-17A da Novartis, o secukinumab, para tratar psoríase em placas moderada a grave em adultos aptos a uma terapia sistémica ou fototerapia. No início de 2015, é esperada uma decisão final por parte da agência. |