Novartis não reportou mais de 2.500 casos de efeitos secundários graves no Japão
01 de Setembro de 2014
A Novartis revelou não ter reportado ao Ministério da Saúde japonês 2.579 casos de efeitos secundários graves, incluindo uma morte, relacionados com medicamentos anticancerígenos.
Três medicamentos foram visados em particular num período que remonta a 2002: Glivec (1.313 casos), Tasigna (514) e o Afinitor (261).
Além dos casos notificados, outros 6.118 estão sob análise.
A Novartis apresentou na sexta-feira um conjunto de medidas ao Ministério nipónico, incluindo melhor formação de funcionários, para evitar novas falhas na comunicação de eventuais efeitos secundários de medicamentos, citou a “Lusa”.
A filial japonesa da Novartis foi recentemente abalada por uma série de escândalos.
O primeiro veio a público no ano passado, depois de duas universidades japonesas terem denunciado a manipulação de resultados clínicos realizados sob a sua liderança a um medicamento contra a hipertensão Diovan (ou Valsartan).
Um antigo funcionário foi preso, suspeito de ter falsificado os resultados para exagerar os efeitos benéficos do medicamento, e acusado, assim como a empresa.
Na sequência desse caso e de outras descobertas sobre as práticas da Novartis no Japão, a empresa suíça decidiu em abril substituir os seus principais dirigentes no arquipélago.