Novo balanço: Número de casos de sarampo confirmados sobe para 31
06 de junho de 2017 O número de casos confirmados de sarampo este ano em Portugal subiu para 31, num total de 158 notificações, divulgou a Direção-Geral da Saúde (DGS). De acordo com a última atualização de dados disponível na página da internet da DGS, mais de metade dos casos (61%) ocorreram em pessoas não vacinadas, 42% em profissionais de saúde e quase metade (45%) dos casos confirmados precisaram de internamento. O boletim epidemiológico da DGS indica ainda que a região de Lisboa e Vale do Tejo é aquela que apresenta mais casos confirmados (22), 12 dos quais em pessoas não vacinadas, e um óbito. Oito dos 22 casos confirmados na Região de Lisboa e Vale do Tejo precisaram de internamento, mas todos os doentes já tiveram alta. Na região do Algarve, a DGS registou sete casos confirmados de sarampo, cinco dos quais em não vacinados. Quatro dos casos ocorreram em crianças com idade inferior a um ano e todas as cinco pessoas que precisaram de internamento já tiveram alta. A DGS registou ainda um caso (importado) na região Norte, de uma criança na faixa etária 1-4 anos que não estava vacinada, precisou de ser internada, mas já teve alta hospitalar. Na região do Alentejo foi igualmente registado um caso (importado), uma criança do grupo etário 5-9 anos que não estava vacinada. No passado mês de abril, depois da morte de uma jovem de 17 anos com sarampo, o Governo emitiu um despacho a obrigar as escolas a comunicarem aos delegados de saúde os casos de alunos que não tivessem as vacinas em dia, de acordo com o Programa Nacional de Vacinação (PNV). O objetivo de as escolas transmitirem esta informação aos delegados de saúde é, segundo o despacho, «promover o aconselhamento e esclarecimento adequados», bem como sensibilizar as famílias para os benefícios da vacinação. Já na semana passada, numa entrevista ao jornal Público, o ministro da Saúde admitiu a hipótese de os pais terem de assinar durante as matrículas escolares um documento que funcionará como uma responsabilização moral para quem opta por não vacinar os filhos. O ministro Adalberto Campos Fernandes garantiu no início deste mês não haver razões para «medidas de natureza restritiva ou punitiva» quanto à vacinação de crianças, defendendo antes «diálogo com os cidadãos». |