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Novo instituto oncológico de Angola quer ser referência em África

10 de setembro de 2014

O Instituto Angolano de Controlo do Cancro (IACC), criado este mês por decreto presidencial, vai integrar o Serviço Nacional Saúde de Angola e quer assumir-se como instituição de referência nas regiões central e austral de África.

O objetivo consta do estatuto orgânico do IACC, aprovado por decreto presidencial de 2 de setembro, ao qual a “Lusa” teve acesso. Assume o propósito de «transformar» o IACC «numa instituição de referência em prevenção, diagnóstico e tratamento de alta complexidade das doenças oncológicas em Angola e nas regiões central e austral de África».

No despacho que cria a instituição, é definido que se tratará de um estabelecimento público de saúde da rede hospitalar de referência nacional, «integrado no Serviço Nacional de Saúde para a prestação de assistência no domínio da prevenção e diagnóstico precoce do cancro», bem como «do tratamento especializado e complexo» dos pacientes oncológicos.

Entre as atribuições do IACC conta-se a de assegurar a assistência médica e medicamentosa em oncologia, a implementação de políticas, programas e planos nacionais de prevenção, bem como o tratamento especializado.

Deverá ainda assegurar a reabilitação de doentes, quer internos quer em consultas externas e a prestação de serviços de ação social ou a promoção da investigação científica na área da medicina preventiva e curativa em especialidades como oncologia clínica, cirurgia oncológica geral, radioterapia e anatomia patológica.

O novo instituto angolano, sob tutela do Ministério da Saúde, terá igualmente a missão de «colaborar» com as províncias no apoio à implantação dos Centros Oncológicos Locais.

Os cancros da mama e do colo do útero lideram os novos casos de problemas oncológicos diagnosticadas em Angola, de acordo com dados do Centro Nacional de Oncologia revelados em junho.

Aquela unidade recebeu em Luanda, provenientes de todo o país, durante o ano de 2013, um total de 1.329 novos casos de cancro. Destes, 314 (23,6%) dizem respeito a novos casos de cancro da mama diagnosticados e 180 (13,5%) referem-se ao diagnóstico de cancro do colo do útero.

Uma tendência que se repetiu entre janeiro e maio de 2014, período em que foram registados 406 novos casos de cancro no país.