Novo Nordisk anuncia resultados positivos de medicamento na progressão de lesões renais em diabéticos 605

Novo Nordisk anuncia resultados positivos de medicamento na progressão de lesões renais em diabéticos

28 de Setembro de 2016

A Novo Nordisk anunciou que a progressão de lesões renais é significativamente menor nos doentes tratados com Victoza (liraglutido) em comparação com placebo, conforme indicado pelo rácio urinário albumina e creatinina, quando associado ao tratamento convencional, em 9.340 adultos com diabetes tipo 2 com risco cardiovascular elevado. Os resultados foram apresentados durante a 52º Reunião Anual da Associação Europeia para o Estudo da Diabetes (EASD) 2016.

O aparecimento ou o agravamento da doença renal faziam parte do endpoint secundário predeterminado do estudo LEADER. A redução global do risco em 22% relacionou-se principalmente com o nível de macroalbuminúria persistente (elevados níveis de albumina encontrada na urina), que ocorreu significativamente menos (26%) em adultos tratados com Victoza comparativamente com placebo.

«A doença renal é uma das complicações a longo prazo mais comuns na diabetes tipo 2, afetando até 40% dos adultos que vivem com esta doença», comentou Johannes Mann, investigador do estudo LEADER e professor de Medicina, Departamento de Nefrologia e Hipertensão, na Universidade de Erlangen-Nuremberg, Alemanha. «Estes resultados são clinicamente relevantes uma vez que indicam que Victoza pode ter o potencial para reduzir o risco de doença renal em adultos com diabetes tipo 2 com elevado risco de um evento cardiovascular», continua o especialista, citado em comunicado.

Para além disso, uma análise secundária relativa às hospitalizações por insuficiência cardíaca (IC) demonstrou que a utilização de Victoza não aumentou o risco de hospitalização por insuficiência cardíaca nos adultos com diabetes tipo 2 e história de IC, versus placebo. Numa análise secundária predeterminada do estudo, a utilizaçao de Victoza reduziu as hospitalizações por insuficiência cardíaca em 13%, comparativamente com placebo, em todos os adultos com ou sem histórico de IC.