Novos casos de infeção e mortes por VIH/sida diminuíram 19 de dezembro de 2014 O número de novos casos de VIH e de sida diminuíram acentuadamente em 2013, em relação a 2012, assim como o número de mortes associadas à infeção, revela o relatório “Portugal – Infeção VIH, SIDA e Tuberculose”, hoje apresentado. Segundo o documento da Direção-Geral da Saúde, citado pela “Lusa”, em 2013, por comparação com o ano anterior, verificou-se um «decréscimo acentuado» de 13,7% no número de novos casos de infeção por VIH, de 21,2% no número de novos casos de Sida, e de 8,6% no número de óbitos associados à infeção por VIH. A transmissão mãe-filho ocorreu apenas em dois dos 197 recém-nascidos de mães infetadas por VIH, acrescenta o relatório. O meio de transmissão da infeção mais frequente foram as relações sexuais, sendo a transmissão entre homens a única que aumentou, ao passo que a transmissão entre toxicodependentes continua a diminuir. «A transmissão da infeção através de relações sexuais correspondeu a mais de 90% do total de casos notificados em 2013, sendo a transmissão em Homens que têm Sexo com Homens (HSH) a única que aumentou nos últimos 10 anos», revela o relatório. Ao invés, a transmissão em Utilizadores de Drogas Injetáveis (UDI) acentuou a tendência de decréscimo anterior, tendo sido inferior a 7% do total de casos notificados. Quanto à distribuição geográfica dos novos casos, ocorreram de forma desigual ao longo do país, com a maioria dos casos concentrados na região de Lisboa, mantendo uma tendência já verificada em anos anteriores. As regiões da Grande Lisboa e da Península de Setúbal concentraram mais de 55% do total de casos notificados e o concelho de Lisboa apresentou uma taxa de incidência de novos casos de infeção por VIH mais de três vezes superior à média nacional (13.6/100.000 habitantes). «Aliás, é nos grandes centros urbanos que se verificaram as taxas de incidência de novos casos mais elevadas: além de Lisboa, Porto, Loures, Amadora, Setúbal, Sintra, Oeiras, Faro», sublinha o relatório. Entre as recomendações preconizadas pela DGS, está o reforço do diagnóstico precoce, designadamente através da sua generalização à população, através dos cuidados de saúde primários. O Programa Nacional para o VIH/Sida recomenda também que se promovam novas abordagens de prevenção, diagnóstico e tratamento, de forma a dar resposta mais rápida e eficaz à infeção por VIH. Para fazer face à concentração de casos nos grandes centros urbanos, é recomendada a definição de uma estratégia de atuação que envolva os diferentes parceiros, nomeadamente as estruturas da saúde, autárquicas e da comunidade, dirigida ao controlo da infeção VIH e da tuberculose. |