Número de casos confirmados sobe para 53 entre 145 suspeitos 742

Número de casos confirmados sobe para 53 entre 145 suspeitos

 


20 de março de 2018

O número de casos de sarampo confirmados em Portugal subiu ontem para 53, de um total de 145 situações suspeitas, anunciou a Direção-Geral de Saúde (DGS).

«Até às 19 horas do dia 19 de março de 2018 foram reportados 145 casos suspeitos de sarampo, a maioria dos quais com ligação ao Hospital de Santo António, no Porto», refere a informação divulgada pela DGS.

Dos 145 casos reportados, 53 foram confirmados laboratorialmente pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge e 51 foram infirmados.

Há ainda um conjunto de 41 casos a aguardar resultado laboratorial.

Estão internados cinco doentes, com situação clínica estável, acrescenta o comunicado.

Dos 53 casos agora confirmados, todos adultos, um pertence à região Centro, embora com ligação ao surto que decorre na região Norte.

Os anteriores dados oficiais, revelados hoje de manhã pelo secretário de Estado da Saúde, Fernando Araújo, apontavam para a existência de 42 casos confirmados de sarampo, todos em adultos, para 117 casos suspeitos que incluíam «apenas uma criança, de 12 meses».

A DGS refere que está em curso a investigação epidemiológica detalhada da situação, processo que inclui a investigação laboratorial de todos os casos.

O vírus do sarampo é transmitido por contacto direto com as gotículas infecciosas ou por propagação no ar quando a pessoa infetada tosse ou espirra.

Os doentes são considerados contagiosos desde quatro dias antes até quatro dias depois do aparecimento da erupção cutânea que caracteriza o sarampo.

Os sintomas de sarampo aparecem geralmente entre 10 a 12 dias depois da pessoa ser infetada e começam habitualmente com febre, erupção cutânea, tosse, conjuntivite e corrimento nasal.

A DGS recomenda que as pessoas verifiquem os boletins de vacinas e que, caso seja necessário, se vacinem contra o sarampo, recordando tratar-se de «uma das doenças infecciosas mais contagiosas podendo provocar doença grave, principalmente em pessoas não vacinadas».