Número de médicos formados lá fora subiu 95% 09 de Fevereiro de 2015 Portugueses procuram principalmente a Espanha e a República Checa para fazer o curso superior com que sempre sonharam, depois de não o terem conseguido em Portugal. «Após várias candidaturas submetidas a diversas universidades de Medicina em Portugal, foi no exterior que consegui esta oportunidade». Joana Viegas, de 29 anos, está a terminar o 1.º ano de Medicina em Riga, na Letónia. Os seus argumentos são muito semelhantes aos dos jovens que todos os anos emigram para fazer o curso com que sonham desde pequeninos: Medicina. A Espanha surgiu como o principal destino, mas nos últimos anos os países de Leste têm ganho importância. Entre 2010 e 2014 foram 647 os portugueses que depois de concluído o curso fora do país pediram equivalência do diploma, revelam dados do Ministério da Educação e Ciência (MEC), enviados ao “DN”. Nesses cinco anos, o número de licenciados além-fronteiras aumentou 95,7%. Em 2013 atingiu-se o pico: 162. Em Portugal, o número de diplomados em Medicina tem aumentado nas últimas duas décadas. Em 2013, segundo dados da Pordata, foram 2543 os alunos que se formaram em Medicina. Em 1994 eram apenas 426. E existe o caminho de saída: pelo menos 300 médicos formados em Portugal emigraram no ano passado. Lá fora, a maioria dos cursos foram concluídos em Espanha (403), seguidos da República Checa, onde 190 portugueses completaram o curso desde 2010. Mas também há quem faça Medicina em destinos como as ilhas Caimão – com dois pedidos de equivalência -, a Rússia (três equivalências) ou a Colômbia (uma). |