Nuno Flora: “Queremos que seja um congresso aberto e de trabalho” 1018

A Associação de Distribuidores Farmacêuticos (ADIFA) realiza no dia 11 de outubro, no Lagoas Park, em Oeiras, a segunda edição do Congresso Nacional de Distribuição Farmacêutica, que terá como principais temas as dinâmicas e tendências do mercado farmacêutico, a regulamentação das atividades de distribuição e a sustentabilidade da cadeia de valor do medicamento. Assim, o Netfarma falou com Nuno Flora, presidente da ADIFA, para fazer uma antevisão deste encontro, que tem como mote “Distribuímos Saúde”, e para perceber quais as expetativas e motivações dos organizadores.

“A expectativa é muito elevada. Este é apenas o segundo congresso nacional de distribuição de farmacêutica em Portugal. Já atingimos, inclusivamente, o limite de número de participantes, que era 200, portanto vamos ter duas centenas de pessoas no nosso congresso, entre parceiros, equipas dos associados da ADIFA, farmácias, e depois, obviamente, alguns convidados mais institucionais, autoridades regulatórias, do Ministério da Saúde, e outras instituições que connosco trabalham”, começou por dizer Nuno Flora.

Por conseguinte, o responsável espera que seja um “grande congresso em termos de participação”, que advirá “de um interesse que vem, no fundo, da forma como foi preparado o programa”. “Nós procurámos ter um programa o mais interdisciplinar possível. Que abordasse várias áreas do nosso setor, e aqui falo de setor não só do setor do medicamento, não só do setor farmacêutico, mas da área da saúde”, frisou. E acrescentou: “Quisemos fazer uma abordagem muito transversal e contamos por isso com oradores de várias áreas da saúde, nacionais e internacionais, especialistas de diferentes áreas, para nos ajudarem. O que queremos tirar do congresso é um maior alinhamento da nossa visão. E também fortalecer aquilo que é a atividade de prevenção farmacêutica, enquanto elemento central e fundamental na disponibilização de medicamentos e outros produtos de saúde às pessoas. Por isso, esperamos que todos partilhem muito e bem”.

“É um congresso de trabalho, é isso que queremos que seja. Um congresso aberto, em que as pessoas coloquem questões, que haja networking, ou seja, que a própria discussão extravase os painéis em si. Com reflexões, ensinamentos, conclusões que nos ajudem no dia a seguir a prestar um serviço de maior qualidade, mais eficiente e até de maior colaboração e integração entre diferentes agentes da cadeia de valores do medicamento, da cadeia de valores da saúde”, destacou.

Sobre o primeiro painel (“Mercado Farmacêutico – overview e tendências”), Nuno Flora afirmou ser “muito importante para o setor”. “Vamos procurar perspetivar tendências do futuro no setor, a evolução, para onde caminhamos e como é que devemos trabalhar melhor. No fundo, para termos um overview sobre o mercado farmacêutico e a sua evolução e perspetivas de crescimento”, explicou.

“Sustentabilidade Corporativa e Ambiental” é o nome do segundo momento de oradores e debate, com o presidente da ADIFA a admitir que se trata de um painel “diferente, porque atualmente estão cada vez mais em cima da mesa as preocupações de sustentabilidade e ambientais, seja ela corporativa ou dos governos”. “Sabemos que cada vez mais as pessoas exigem transparência nas cadeias de fornecimento, que elas possam atuar e no fundo decorrer com menor impacto ambiental, que sejam respeitadas boas práticas nessa concretização. E nós estamos já a percorrer esse caminho e queremos absorver mais”, desenvolveu,

“Depois, da parte da tarde, temos um painel mais abrangente [“Inovação e Desenvolvimento. Desafios da Saúde”], sobre a sustentabilidade do nosso sistema de saúde, do Serviço Nacional de Saúde, sobre como é que os vários agentes se podem integrar melhor para ajudar no fundo as pessoas a circular no sistema de saúde”, frisou, antes de explicar o último momento antes das despedidas, o debate em torno do tema “Desafios de integração com a Farmácia”: “No fundo o que queremos fazer é perspetivar para onde é que a farmácia caminha e como é que nós podemos e devemos ajudar a farmácia nesse caminho. E alinhar a nossa oferta, o nosso serviço, para podermos continuar a caminhar em conjunto. Para podermos continuar este caminho que tem sido um caminho de sucesso. Um aspeto muito importante que é ter a perspetiva correta de conhecer as suas necessidades em termos, por exemplo, de produtos e medicamentos, procurar trabalhar melhor em termos de gestão de stocks, gestão de inventários, para tornar esta operação e esta atividade cada vez mais distintas”.

“Queremos abrir a perspetiva para todo o mercado farmacêutico e para a saúde em geral porque sabemos que o medicamento é uma das partes mais importantes em qualquer sistema de saúde. E esse é no fundo o resumo daquilo que esperamos para o congresso e para a participação das pessoas no congresso”, finalizou Nuno Flora.