Há uns dias tive o privilégio de conhecer e conversar com o fundador de uma grande empresa nacional, que é hoje uma marca de referência e um exemplo para todos nós. No decorrer de tão agradável e interessante conversa, não pude deixar de o questionar sobre quando e como tudo tinha começado. Como resposta, após um fugaz momento para estruturar ideias, recebo um sorriso rasgado, que me elucidou, de quão grato lhe era o tema… E começou dizendo: E esta máxima de «confiar e delegar», esteve sempre na base da nossa longa e calma conversa, sendo evidente que este senhor tem a mais perfeita noção de que o seu fator crítico de sucesso, ao longo de todos estes anos, foi ter sabido delegar e confiar nas pessoas que ia integrando na sua estrutura, reconhecendo-lhes as suas competências e capacidades. Dito assim, com esta humildade e simplicidade que o definem, até parece óbvio e fácil… Transpondo para a realidade das nossas farmácias, é fácil de perceber que, de uma forma geral, estamos a “anos-luz” de gerir com este discernimento e visão empresarial. Não importa a dimensão, o número de colaboradores, o meio urbano ou rural. Importa sim, perceber que, se somos nós a escolher a nossa equipa, temos o privilégio de poder escolher as pessoas certas para os lugares certos, (assim abramos mão de toda uma forma de estar pouco flexível e centralizada…). Temos de saber delegar na equipa que escolhemos, dando-lhe autonomia, e espaço para que possa desenvolver as suas capacidades, criatividade e competências. Saber delegar tem de ser uma das nossas prioridades enquanto gestores das nossas farmácias e a única forma de descentralizar as atividades. Delega-se a tarefa, e não a responsabilidade. Exige comunicação com clareza, acompanhamento e monitorização. No tempo e no espaço. A capacidade de delegar e otimizar resultados é a evidência de uma gestão eficaz e de uma equipa vencedora. Sem dúvida um fator crítico de sucesso de qualquer empresa. Helena Amado, farmacêutica |