Observatório europeu lança inquérito online sobre drogas 709

O inquérito ‘online’ europeu sobre drogas em 2021, que avalia os padrões de consumo em 31 países, arranca esta quinta-feira, anunciou o Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência (EMCDDA, na sigla inglesa).

“Orientado para pessoas com 18 ou mais anos de idade que consomem drogas, o inquérito visa melhorar a compreensão dos padrões de consumo de drogas na Europa e ajudar a moldar as futuras políticas e intervenções”, realçou em comunicado o observatório situado em Lisboa.

O inquérito, voluntário e anónimo, decorrerá este ano em 31 países e 28 línguas, e, tal como em anos anteriores, será promovido a nível nacional pelos pontos focais Reitox e respetivos parceiros, bem como através de anúncios específicos nas redes sociais.

A nova edição deste ano inclui a participação dos parceiros da agência na região dos Balcãs Ocidentais e da área da Política Europeia de Vizinhança através do Instrumento de Assistência de Pré-Adesão (IPA7) e do projeto EU4Monitoring Drugs (EU4MD).

“Os inquéritos ‘online’ têm a vantagem de chegar diretamente às pessoas que consomem drogas. São rápidos e de baixo custo, fornecem novos dados de uma forma rápida e podem ajudar a identificar tendências emergentes”, assinalou o EMCDDA, acrescentando que “se forem utilizadas as mesmas perguntas, juntamente com um rigoroso processo de tradução, estes inquéritos podem também permitir comparações transnacionais”.

O novo questionário, que terá uma duração de seis semanas, está estruturado em módulos sobre dados sociodemográficos, padrões de consumo, acesso a tratamento, acesso a drogas (quantidades normalmente compradas e preços) e a forma como a pandemia de covid-19 afetou os padrões de consumo.

“As conclusões contribuirão para a base de conhecimentos emergente sobre as práticas de consumo na Europa e sobre as quantidades utilizadas. Tal contribuirá para melhorar as estimativas da dimensão dos mercados a nível nacional e europeu e para o desenvolvimento de políticas”, vincou o observatório.

E rematou: “Embora os inquéritos ‘online’ não sejam representativos da população em geral, quando cuidadosamente realizados e combinados com métodos tradicionais de recolha de dados, podem ajudar a traçar um quadro mais pormenorizado, realista e atual do consumo e dos mercados de droga na Europa. Assim, são um ingrediente fundamental da ‘responsividade’ do EMCDDA a um problema cada vez mais dinâmico”.