OF defende “inclusão da dimensão ambiental no conceito de ‘uso racional’ do medicamento” 310

A Ordem dos Farmacêuticos (OF) divulgou uma tomada de posição, ‘Medicamento e Ambiente’, para a sustentabilidade ambiental das atividades de saúde e, de um modo particular, para toda a área do medicamento.

O documento, coordenado por Humberto Martins, reflete a posição da OF sobre a responsabilidade, a intervenção e o compromisso da instituição com a sustentabilidade da saúde, com a redução da pegada de carbono no setor farmacêutico e com a capacitação dos profissionais de saúde e a literacia da população para o impacto ambiental dos cuidados de saúde.

A Ordem, como refere no seu portal, propõe a instituição de um Programa de Sustentabilidade da Saúde, “que possa conciliar as dimensões ambientais, económicas, tecnológicas, de recursos humanos e literacia, com metas realistas para uma diminuição significativa e sustentada da pegada carbónica”.

Atendendo ao impacto do medicamento na pegada ambiental dos sistemas de saúde, a política do medicamento deverá, do ponto de vista da OF, refletir gradualmente esta dimensão, por isso a instituição propõe o seguinte:

  • “Inclusão da dimensão ambiental no conceito de ‘uso racional’ do medicamento.”
  •  “Reforço da capacidade de minimização e recolha e tratamento dos resíduos de medicamentos, produtos e dispositivos de saúde.”
  • “Geração de conhecimento e evidência sobre estratégias e iniciativas para uso de medicamentos com menor pegada ambiental bem como na efetiva gestão dos seus resíduos.”

A Ordem dos Farmacêuticos estabelece ainda, no documento citado, os seguintes compromissos farmacêuticos com a sustentabilidade ambiental:

  • “Desenvolvimento e apoio a iniciativas para a sensibilização pública sobre ambiente e saúde.”
  • “Capacitação dos farmacêuticos em matérias ambientais nomeadamente em relação ao impacto do medicamento no ambiente.”
  • “Reforço da articulação dos farmacêuticos com outros profissionais de saúde, concretizando o conceito One Health”.
  • “Avaliação da oportunidade de desenvolver Boas Práticas Farmacêuticas e de mecanismos de certificação profissional no âmbito do medicamento e ambiente.”
  • “Adoção do objetivo de neutralidade carbónica em todas as atividades da Ordem dos Farmacêuticos até diminuição significativa e sustentada da pegada carbónica.”

Saiba mais sobre a tomada de posição dos impactos ambientais da prestação de cuidados de saúde consultando o documento “Medicamento e Ambiente”.