OF defende que novo ministro deve “recuperar a confiança dos portugueses no SNS” 468

A Ordem dos Farmacêuticos (OF) defende que o/a novo/a ministro/a da Saúde deve “recuperar a confiança dos portugueses no Serviço Nacional de Saúde”, demonstrando “disponibilidade para colaborar” com a nova tutela.

Em comunicado, a OF explica que “os farmacêuticos entendem que a Saúde precisa de uma estratégia clara, que permita a resolução dos problemas estruturais do SNS”. Estes problemas, assegura, “não estão circunscritos aos casos mediáticos, afetando muitas outras áreas e profissionais, entre os quais os Serviços Farmacêuticos Hospitalares, como a OF tem vindo a referir”.

“O SNS deve ser sustentável através de uma gestão adequada dos seus recursos humanos, materiais e financeiros e deve potenciar a integração e aproveitamento de toda a capacidade instalada no País”, lê-se. A OF espera ainda que “o novo titular da pasta adote uma postura dialogante com os diferentes agentes e profissionais envolvidos na prestação de cuidados, assim como com os doentes e seus representantes”.

Concluindo, a ordem garante que “mantém a disponibilidade para colaborar com o novo ministro da Saúde, de forma a construir um sistema de saúde mais eficiente e universal”.

Demissão de Marta Temido era expectável, mas traz extrema preocupação ao SNF

Já o Sindicato Nacional dos Farmacêuticos (SNF) olha com “extrema preocupação” para a demissão de Marta Temido, pois vem adiar um conjunto de “problemas” a serem resolvidos no setor.

“O sindicato preparava-se para tomar posições fortes” relativamente aos “problemas dos farmacêuticos no SNS”, explica ao Netfarma o presidente do SNF, Henrique Reguengo. Para o dirigente “esta demissão era expectável”, uma vez que a ministra da Saúde “estava cada vez com menos condições para chegar a acordos com os profissionais: trata-se de uma questão de confiança” que se perdeu, acredita o responsável sindical.

Ministra da Saúde demite-se porque “deixou de ter condições”

A ministra da Saúde, Marta Temido, apresentou na madrugada desta terça-feira a demissão por entender que deixou de ter condições para exercer o cargo, demissão que foi aceite pelo primeiro-ministro, António Costa.