O portal da Ordem dos Farmacêuticos divulga a publicação de Pedro Machado dos Santos, denominada por “Notas para os Farmacêuticos de Quarentena”.
O psicólogo e investigador do Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde (Cintesis), também ele pertencente ao Gabinete de Apoio ao Farmacêutico criado pela Ordem dos Farmacêuticos, em conjunto com as associações setoriais, elaborou este documento para ajudar os “colegas no combate à pandemia de covid-19”.
Este conjunto de “notas” direcionado aos farmacêuticos que estão ou fiquem em quarentena, refere vários pontos a ter em consideração durante a pandemia que se vive.
Um dos pontos focados tem a ver com o isolamento.
“Ficar separado da equipa com a qual estão habituados a trabalhar, em contacto próximo, pode aumentar os sentimentos de isolamento por parte dos farmacêuticos em quarentena. Por outro lado, esta condição pode levar também as famílias a considerar que o trabalho nas farmácias é muito arriscados, criando tensão intra-domiciliar”, refere o documento.
Para Pedro Machado dos Santos, “o apoio dos dirigentes e dos colegas é também essencial para facilitar o regresso ao trabalho (às farmácias)”, por parte dos farmacêuticos.
Mas a preparação também é importante.
“Devemos estar cientes dos riscos potenciais para os farmacêuticos que estão em quarentena, para que se possam preparar para uma intervenção precoce. Como tal, necessita de particular atenção e da implementação de medidas eficazes (para mitigação dos efeitos), como parte do processo de planeamento da quarentena”, refere a publicação.
Outro dos pontos referenciados tem a ver com stresse pós-traumático.
“Os profissionais de saúde que ficam em quarentena (sobretudo quando superior a 10 dias) podem apresentar sintomas mais graves de stresse pós-traumático”.
Isto porque os ” profissionais de saúde, em geral, são normalmente mais propensos a pensar que se encontram infectados e preocupar-se com a possibilidade de infectar terceiros”.
Por isso é importante que os os farmacêuticos tomem “todas as medidas para garantir que essa experiência seja o mais tolerável possível (i.e. menos negativa), como criar atividades significativas para se realizarem em quarentena”.
O psicólogo e investigador termina por indicar que “os responsáveis devem tomar medidas para garantir que os seus colaboradores apoiam os colegas em quarentena”.
Pode consultar o documento aqui.