A profissão farmacêutica conta com 119 novos farmacêuticos especialistas, que receberam o título numa cerimónia realizada em Lisboa.
Atualmente, a profissão regista 3.361 farmacêuticos especialistas, com os Colégios de Especialidade de Análises Clínicas (937), Farmácia Comunitária (934) e Farmácia Hospitalar (933) a apresentar maior representatividade. Indústria Farmacêutica (390), Genética Humana (221) e Assuntos Regulamentares (167) completam as seis especialidades farmacêuticas atribuídas pela Oredem dos Farmacêuticos (OF).
“Nos últimos dois anos, a época de exames e candidaturas sofreu algumas alterações, devido às restrições impostas pela pandemia, sem, contudo, impedir a conclusão do processo e a atribuição de vários títulos nas especialidades de Farmácia Hospitalar (56), Farmácia Comunitária (32), Indústria Farmacêutica (20), Assuntos Regulamentares (9) e Análises Clínicas (2)”, refere a OF, acrescentando que, “entre estes, estão quase seis dezenas de farmacêuticos especialistas em Farmácia Hospitalar e Análises Clínicas, cuja especialidade não é atualmente reconhecida pelo Ministério da Saúde, por uma lacuna legislativa já denunciada pela OF, que impede o acesso destes farmacêuticos à sua carreira no Serviço Nacional de Saúde (SNS)”.
“Farmacêuticos com uma especialidade que foi sempre reconhecida pelo Ministério da Saúde, com elevadas responsabilidades nos serviços farmacêuticos hospitalares e vasta experiência em todas as valências da sua atividade são hoje marginalizados no reconhecimento do seu título”, denunciou Ana Paula Martins, bastonária da OF.
“A OF estará sempre ao seu lado na defesa de um princípio basilar: a igualdade de tratamento. Estes farmacêuticos são tão especialistas quanto todos os outros. Não é um lapso na Lei que o contraria e só descansaremos quando a justiça for reposta. Nesta ou numa próxima legislatura, dada a inércia de quem atualmente pode resolver este assunto”, sublinhou a bastonária.