OF: Farmacêuticos dos Açores aguardam chamada para vacinação contra a Covid-19 565

A Ordem dos Farmacêuticos (OF) emitiu esta sexta-feira, dia 26, um comunicado, no qual afirma que a esmagadora maioria dos farmacêuticos da Região Autónoma dos Açores ainda não foi vacinada contra a COVID-19.

 Embora o Plano Regional de Vacinação preveja a integração de todos os profissionais de saúde diretamente envolvidos na prestação de cuidados na primeira fase da campanha de vacinação, “a vacina só foi administrada a farmacêuticos que trabalham em ambiente hospitalar ou similar, mas não a todos”.

A Delegação Regional dos Açores da Ordem dos Farmacêuticos (DRA-OF) enviou um inquérito aos 242 farmacêuticos registados na Região Autónoma dos Açores para conhecer a realidade individual sobre os processos de vacinação contra a COVID-19 e os dados apurados indicam que apenas 15% de todos os farmacêuticos que trabalham no arquipélago foram já vacinados.

Além disso, a DRA-OF garante que nem sequer foi finalizada a vacinação dos farmacêuticos que trabalham em ambiente hospitalar ou similar.

A amostra deste trabalho realizado pela OF revela, ainda, que as autoridades regionais de saúde contactaram cerca de 60% dos farmacêuticos da região, “mas todos aguardam ainda pelo agendamento da vacinação”, pode ler-se no comunicado.

“Os farmacêuticos das áreas assistenciais, em especial os que trabalham nas farmácias comunitárias, farmácias hospitalares e laboratórios de análises clínicas, mas também nos cuidados de saúde primários e/ou continuados prestam atividades e serviços de saúde essenciais para as populações e para o sistema de saúde, muitas vezes com risco acrescido de transmissão da infeção pelo novo coronavírus SARS-CoV-2.”, alerta a DRA-OF, que acrescenta: “Durante o estado de emergência que o país enfrenta, [os farmacêuticos] garantiram sempre, de forma ininterrupta, o acesso aos medicamentos, aos exames complementares de diagnóstico e cuidados farmacêuticos diferenciados a todos os portugueses. Sempre disponíveis para colaborar em programas de saúde pública, tal como agora, na estratégia de vacinação e de testagem em massa.”

O inquérito realizado pela DRA-OF entre os dias 8 e 14 de fevereiro teve uma taxa de resposta de 59%, correspondente a 142 farmacêuticos.