OF pede intervenção do Governo e apela aos portugueses 537

A Ordem dos Farmacêuticos (OF) divulgou no seu portal um comunicado onde pede a intervenção urgente do Presidente da República e do Primeiro-Ministro, assim como um apelo aos portugueses.

A Ordem começa por apelar ao “sentido cívico dos portugueses e à solidariedade nacional” indicando que “está solidária com as famílias que todos os dias perdem os seus entes queridos e com o esforço de milhares de profissionais de saúde para salvar inúmeras vidas neste contexto de luta contra a pandemia de covid-19”.

Contudo “entende que a situação limite que o País atualmente enfrenta justifica a adoção de todas as medidas que possam minimizar a propagação do vírus SARS-CoV-2 na comunidade, reduzir o congestionamento do internamento hospitalar e, ainda mais importante, poupar vidas, tal como tem sido reiteradamente proposto e defendido por várias outras instituições e especialistas na área da Saúde Pública”, explica no comunicado divulgado.

E para que essas medidas sejam tomadas, a “OF solicita a intervenção urgente do Governo e do Chefe de Estado, concretizando as recomendações dos peritos para contenção da pandemia”.

A Ordem dos Farmacêuticos indica estar de acordo com as medidas sugeridas pela Ordem dos Médicos, e acreditam que estas “merecem-nos total concordância e são o caminho para começar a inverter esta tendência alarmante de aumento da infeção e mortalidade por covid-19, cujo impacto se estende além da prestação cuidados, à economia e à sociedade no geral”.

Para além do apelo ao Governo, a “OF apela ainda a todos os portugueses, sem exceção, para o respeito e cumprimento escrupuloso das medidas para a contenção da mobilidade decretadas pelas autoridades. Há muitas vidas em jogo que não podemos continuar a perder se queremos ter futuro”.

Neste apelo, a OF defende que não é o momento de nos preocuparmos “com a nossa passividade enquanto cidadãos”. O momento é o de “interromper de forma categórica este ciclo trágico de perdas de vidas, todos os dias somadas. Mortes irreparáveis, mas que podiam ter sido evitadas; vidas que podem ser poupadas pelas ações de todos e cada um de nós individualmente”.

A Ordem lembra que “os profissionais de saúde estão no limite. O Serviço Nacional de Saúde e o Sistema de Saúde, na sua globalidade, já atravessaram a linha vermelha”, e como tal, cabe aos portugueses fazerem a diferença, pois “já não temos mais tempo!”

“Os farmacêuticos continuarão a cumprir o seu dever, de serviço público e proteção aos portugueses. Disponíveis para reforçar a capacidade de testagem no País, contribuindo assim para isolar pessoas numa fase cada vez mais precoce da doença, quebrando cadeias de transmissão e aliviando a pressão sobre os nossos hospitais e profissionais de saúde. Mas também na vacinação em massa, com a segurança, o rigor e a proximidade que o ato requer. Tudo o que deles depender será feito sem hesitação. Onde quer que exerçam a sua atividade. Portugal e os portugueses vêm em primeiro lugar!”, indica a OF no comunicado divulgado.

A OF termina com um apelo de união.

“É tempo de unirmos esforços, de pensar nos mais frágeis, nos mais desprotegidos. É tempos de assumirmos a nossa responsabilidade individual e coletiva. Este é um dos maiores desafios da nossa História. Temos de continuar a lutar! Que seja a esperança, e não a adversidade, a moldar o nosso futuro!”, termina a Ordem, no seu portal.

Leia o comunicado aqui.