O bastonário da Ordem dos Farmacêuticos (OF), Helder Mota Filipe, e o secretário da Direção Nacional da OF, Rui Pinto, estiveram reunidos esta quarta-feira, dia 23 de março, com duas dezenas de farmacêuticos ucranianos radicados em Portugal, assim como com a Embaixada da Ucrânia no nosso país.
Esta reunião teve como intuito o acolhimento e integração de farmacêuticos ucranianos refugiados de guerra, em Portugal.
De acordo com um noticia publicada no seu portal, a “OF identificou mais de duas dezenas de farmacêuticos a trabalhar em Portugal com nacionalidade ucraniana e/ou naturais da Ucrânia, falantes da língua, todos disponíveis para participar num programa extraordinário de apoio à integração profissional de colegas conterrâneos que tiveram de abandonar o país por causa do conflito armado entre a Ucrânia e a Rússia, adquirindo assim o estatuto de refugiado. A exercer em quase todos os distritos e áreas profissionais, estes farmacêuticos portugueses com raízes ucranianas têm diferentes experiências pessoais e profissionais”.
Helder Mota Filipe indicou que está em contacto “com o Ministério da Saúde e com as restantes Ordens profissionais da área da Saúde, para regulamentação de um regime excecional e transitório para reconhecimento de qualificações de profissionais de saúde provenientes da Ucrânia”.
Foi também discutido as doações de medicamentos para a Ucrânia e a assistência farmacêutica e medicamentosa aos refugiados ucranianos, “área em que os conhecimentos dos farmacêuticos fluentes em ucraniano podem ajudar a avaliar equivalências e/ou alternativas terapêuticas no mercado português. Neste âmbito, a OF pretende constituir uma bolsa de farmacêuticos que estejam disponíveis para esclarecer as dúvidas destes utentes, bem como de colegas que estejam no atendimento”.
Relativamente às doações, “a OF, o Infarmed e a DGS e as associações setoriais têm estado a coordenar uma resposta integrada e coordenada do setor farmacêutico nacional às necessidades que são reportadas pelas autoridades e instâncias europeias e ucranianas em matérias de medicamentos, dispositivos médicos e outros produtos de saúde”.
Depois de já terem sido “enviados milhares produtos sobretudo de utilização em ambiente hospitalar e situações de emergência. A Ordem e os operadores do circuito do medicamento aguardam agora a aprovação de uma lista oficial com as necessidades reportadas para doação através das farmácias”.