OM: Farmacêuticos devem ter formação para realizar testes rápidos ao VIH
12 de março de 2018 Na sequência da publicação do despacho que prevê a realização de testes rápidos para despistar o VIH e as hepatites B e C nas farmácias, a Ordem dos Médicos considera fundamental haver um plano de formação para os farmacêuticos, que contemple também a forma como são comunicados os resultados aos utentes. O bastonário da Ordem dos Médicos apela ainda para que seja salvaguardada a confidencialidade dos utentes e dos resultados e pede que sejam os farmacêuticos, e não os técnicos de farmácia, a realizar estes testes. Em declarações à agência “Lusa”, Miguel Guimarães considera que o despacho que permite realizar testes de rastreio ao VIH e às hepatites B e C nas farmácias tem «objetivos nobres», como tentar a erradicação da hepatite C e detetar mais precocemente as infeções por VIH/sida. «Mas é fundamental definir como estas pessoas vão ser seguidas e orientadas. Tem de existir uma via verde para as pessoas com testes reativos e o fluxo deve ser bem definido», comentou Miguel Guimarães, indicando que é necessário compreender se os utilizadores com testes reativos são encaminhados para os médicos de família ou diretamente para os hospitais. O Grupo de Ativistas em Tratamento (GAT) também já veio saudar a possibilidade de realizar testes de rastreio ao VIH e às hepatites B e C nas farmácias e lembrou que não se trata de um diagnóstico, mas antes de um despiste. Luís Mendão, dirigente do GAT, vê como positivo que se multipliquem os locais onde as pessoas podem fazer testes rápidos de rastreio ao VIH e hepatites B e C, considerando a nova medida como um «instrumento para maior acessibilidade» embora não sendo «uma varinha mágica». |