OM: Negociação com IF «aparenta ter esquecido» os doentes com genótipo 2 da hepatite C
28 de julho de 2017 Numa nota divulgada hoje, o bastonário da Ordem dos Médicos alerta para o facto de a negociação feita com a Indústria Farmacêutica, para tratar a hepatite C em Portugal, ter «aparentemente esquecido» os doentes com genótipo 2, uma das variações do vírus. Apesar de ser um subtipo minoritário, a Ordem considera que «os seus portadores não podem ter menos direitos ao tratamento adequado», sublinhando que isso coloca «problemas de índole ética e legal insustentáveis» e que «podem ter graves repercussões» sobre a saúde desses doentes. A Ordem dos Médicos lamenta ainda que, «por um esquecimento» na negociação, a disponibilização desses medicamentos a estes doentes «venha onerar diretamente os hospitais com custos muito superiores aos que teriam» se a negociação tivesse previsto esta situação. O bastonário dos médicos, Miguel Guimarães, afirmou também, no comunicado citado pela “Lusa”, que há várias centenas de doentes em Portugal ainda sem acesso aos tratamentos para a hepatite C, já propostos pelos médicos mas que aguardam autorização superior. «Salientamos que continuam a existir a nível nacional várias centenas de doentes cujos tratamentos propostos pelos respetivos médicos continuam a aguardar a necessária autorização da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), sem a qual os doentes não podem ser tratados», rematou. |