OM pede reforma dos cuidados de saúde primários ao novo ministro da Saúde 30 de Novembro de 2015 O bastonário da Ordem dos Médicos (OM), José Manuel Silva, revelou ter «expectativas muito positivas» para a futura atuação do novo ministro da Saúde e elege a «reforma dos cuidados de saúde primários» como a principal preocupação. «Há várias medidas urgentes, mas a primeira grande preocupação de qualquer ministro da Saúde terá que ser com a reforma dos cuidados de saúde primários. Todo o Sistema de Saúde estará desequilibrado enquanto houver cidadãos portugueses sem acesso a um médico de família. Essa deve ser a grande preocupação», declarou o bastonário da Ordem dos Médicos, à margem XVIII Congresso Nacional de Medicina. José Manuel da Silva reconheceu várias qualidades ao novo ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, e disse que oferece todas as «expectativas positivas», citou a “Lusa”. «Este ministro oferece-nos todas as expectativas positivas. É uma pessoa conhecida e reconhecida pela sua qualidade, pela sua formação, pela sua competência, pela sua experiência e pela sua capacidade de diálogo. Portanto, temos fundamentadamente expectativas muito positivas quanto aquilo que irá ser a sua atuação como ministro da Saúde, até porque é alguém que tem uma sensibilidade e uma preocupação especial para com a qualidade dos serviços de saúde e o Serviço Nacional de Saúde». A outra preocupação que o bastonário da Ordem dos Médicos destacou como urgente prende-se com uma aposta na «prevenção» para reduzir custos na Saúde. «É uma forma positiva e construtiva de reduzir os custos em Saúde», declarou, lamentando que se tenham perdido «quatro anos de total ausência de aposta na prevenção» e dando o exemplo da diabetes. «Se pensarmos no exemplo da diabetes (…), a diabetes de adulto é praticamente uma doença totalmente previsível com um estilo de vida saudável, e gastando Portugal 1% do Produto Interno Bruto com a diabetes, é lamentável que não se tenha apostado na prevenção da diabetes e toda a constelação de fatores de risco que lhe estão associados, nos últimos quatro anos e há vários meios de o fazer, é uma forma de reduzir os custos de forma inteligente e melhorando a qualidade de vida das pessoas». |