OM pede reforma dos cuidados de saúde primários ao novo ministro da Saúde 654

OM pede reforma dos cuidados de saúde primários ao novo ministro da Saúde

30 de Novembro de 2015

O bastonário da Ordem dos Médicos (OM), José Manuel Silva, revelou ter «expectativas muito positivas» para a futura atuação do novo ministro da Saúde e elege a «reforma dos cuidados de saúde primários» como a principal preocupação.

«Há várias medidas urgentes, mas a primeira grande preocupação de qualquer ministro da Saúde terá que ser com a reforma dos cuidados de saúde primários. Todo o Sistema de Saúde estará desequilibrado enquanto houver cidadãos portugueses sem acesso a um médico de família. Essa deve ser a grande preocupação», declarou o bastonário da Ordem dos Médicos, à margem XVIII Congresso Nacional de Medicina.

José Manuel da Silva reconheceu várias qualidades ao novo ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, e disse que oferece todas as «expectativas positivas», citou a “Lusa”.

«Este ministro oferece-nos todas as expectativas positivas. É uma pessoa conhecida e reconhecida pela sua qualidade, pela sua formação, pela sua competência, pela sua experiência e pela sua capacidade de diálogo. Portanto, temos fundamentadamente expectativas muito positivas quanto aquilo que irá ser a sua atuação como ministro da Saúde, até porque é alguém que tem uma sensibilidade e uma preocupação especial para com a qualidade dos serviços de saúde e o Serviço Nacional de Saúde».

A outra preocupação que o bastonário da Ordem dos Médicos destacou como urgente prende-se com uma aposta na «prevenção» para reduzir custos na Saúde.

«É uma forma positiva e construtiva de reduzir os custos em Saúde», declarou, lamentando que se tenham perdido «quatro anos de total ausência de aposta na prevenção» e dando o exemplo da diabetes.

«Se pensarmos no exemplo da diabetes (…), a diabetes de adulto é praticamente uma doença totalmente previsível com um estilo de vida saudável, e gastando Portugal 1% do Produto Interno Bruto com a diabetes, é lamentável que não se tenha apostado na prevenção da diabetes e toda a constelação de fatores de risco que lhe estão associados, nos últimos quatro anos e há vários meios de o fazer, é uma forma de reduzir os custos de forma inteligente e melhorando a qualidade de vida das pessoas».