OMS alerta para falsificação de três lotes de Ozempic 278

A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou, ontem, um alerta sobre a falsificação de três lotes do medicamento Ozempic, comercializado em vários países, incluindo Portugal, para tratar a diabetes tipo 2 e a obesidade.

O alerta, datado de quarta-feira mas divulgado ontem num comunicado, citado pela Lusa, visa três lotes do fármaco detetados em outubro no Brasil e Reino Unido e em dezembro nos Estados Unidos.

Os lotes de Ozempic visados (na forma injetável) deturpam a sua identificação e origem, uma vez que não foram fabricados pela Novo Nordisk, refere a OMS.

De acordo com a organização, o número de lote LP6F832 (detetado no Brasil) não é reconhecido, a combinação do número de lote NAR0074 com o número de série 430834149057 (identificado nos Estados Unidos) não corresponde ao registo de fabrico genuíno e o número de lote MP5E511 (encontrado no Reino Unido) é autêntico, mas o medicamento é falso.

Para melhor identificar os fármacos, a OMS aconselha as autoridades e o público em geral a verificarem o número de lote e o número de série, a examinarem a caneta de administração do medicamento (as canetas Ozempic falsificadas podem ter uma escala que se estende para fora da caneta ao definirem a dose), a avaliarem a qualidade do rótulo (a etiqueta pode ser de má qualidade e não aderir bem à caneta) e a procurarem erros ortográficos (a embalagem pode ter erros deste tipo).

A OMS adverte que a utilização do medicamento Ozempic falso “pode representar outros riscos graves para a saúde devido à sua administração por injeção subcutânea”, alerta a agência da ONU, recomendando que as pessoas comprem medicamentos com receita de médicos licenciados e evitem a aquisição através de fontes desconhecidas ou não verificadas, como a internet.

Em Portugal, o Ozempic, autorizado e comparticipado para o tratamento da diabetes de tipo 2, ainda segundo a Lusa, esgotou-se em finais de 2023 devido à sua prescrição para a perda de peso.

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