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OMS alerta para necessidade de «medidas drásticas» face ao surto de ébola

26 de junho de 2014

 

A Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou para a necessidade de se tomar «medidas drásticas» face ao contínuo aumento do número de mortos e de casos do vírus ébola na República da Guiné, Libéria e Serra Leoa, avança a agência “Lusa”.

 

Num comunicado divulgado na quarta-feira, a OMS indica ter havido um «aumento significativo» do número de casos e de mortes devido ao ébola, apesar de a organização ter fornecido assistência técnica através do envio de uma equipa multidisciplinar de 150 especialistas.

 

Desde o início do ano e até segunda-feira passada são já 635 o total de casos registados, 399 dos quais causaram a morte do paciente, refere a OMS, assinalando que «o atual surto de ébola é, assim, o maior em termos de número de casos e de mortes, bem como em termos de expansão geográfica».

 

«Não se trata já de um surto num país específico, mas de uma crise sub-regional que exige uma ação firme por parte dos governos e dos vários parceiros», alerta o diretor regional para África da OMS, Luís Sambo, citado no comunicado.

 

A OMS está «seriamente preocupada» com a propagação transfronteiriça em curso, adianta o responsável.

 

Para discutir o melhor modo de travar a crise e desenvolver medidas para um combate conjunto, a OMS vai organizar uma reunião dos ministros da Saúde de 11 países e de parceiros envolvidos no combate ao surto em Accra, no Gana, a 02 e 03 de julho, informou a organização da ONU.

 

O vírus do ébola é altamente contagioso e tem uma taxa de mortalidade que pode atingir 90 por cento dos casos, segundo a OMS. Provoca uma febre hemorrágica caracterizada por vómitos, diarreia, dores musculares e, nos casos graves, pela falência de órgãos e uma hemorragia interna incontrolável.