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OMS anuncia fundo de 100 milhões de dólares para emergências

19 de Maio de 2015

A Organização Mundial de Saúde (OMS) vai criar um fundo de 100 milhões de dólares (87,31 milhões de euros) para responder a emergências sanitárias futuras, anunciou ontem em Genebra a diretora-geral da OMS, Margaret Chan.

O fundo de contingência será investido na criação de um programa específico dentro da OMS para responder a qualquer tipo de emergências sanitárias.

Margaret Chan discursava perante a assembleia-geral da organização, reunida entre 19 e 26 de maio para adotar uma série de resoluções sobre políticas de saúde.

Segundo noticiou a agência “Lusa”, a sessão de ontem foi inaugurada pela chanceler alemã, Angela Merkel, que apelou para que a agência das Nações Unidas planeie antecipadamente a sua resposta perante futuras epidemias e outras crises de saúde pública.

Merkel chamou a atenção para a má gestão da recente epidemia de ébola que assolou vários países da África ocidental, falhas reconhecidas pela OMS.

A crise sanitária provocada pela pandemia acelerou a reforma já em curso dentro da OMS, priorizando agora a clarificação das hierarquias de comando nas suas operações de emergência.

Margaret Chan referiu que a realidade dos países afetados pelo ébola antes do espalhar da epidemia foi subestimada, países onde «praticamente não havia nada, com um médico por cada 100.000 habitantes, com hospitais sem eletricidade».

Outro fator agravante foi, para a diretora-geral da OMS, a situação política nesses países, que foram afetados por conflitos internos, o que eliminou «o tipo de confiança necessário para mobilizar as comunidades, e que as tornasse parte da solução».

Respondendo diretamente às críticas que a OMS sofreu pela resposta lenta à epidemia de 14 meses, Chan assegurou que não pensou em demitir-se, «nem nunca ninguém mo pediu».

Em sua opinião, «um líder responsável precisa de aprender as lições e fazer as mudanças certas».