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OMS diz que a maior crise humanitária de saúde afeta 60 milhões de pessoas

29 de setembro de 2014

A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmou na sexta-feira que mais de 60 milhões de pessoas necessitam «urgentemente de uma ampla gama de serviços de saúde», o que representa a maior crise humanitária na história da agência.

De acordo com uma nota divulgada na página da Internet, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que, juntamente com parceiros de saúde, está a responder, simultaneamente e pela primeira vez, a cinco crises humanitárias do “Nível 3”.

«Estamos a lidar com um número sem precedentes de múltiplas crises humanitárias de saúde ao mesmo tempo. Estas são mais complexas e afetam mais pessoas do que em qualquer momento desde o fim da Segunda Guerra Mundial», disse o diretor-geral assistente para Pólio, Emergências e Colaboração de Países da OMS, Bruce Aylward.

A crise humanitária que atinge as mais de 60 milhões de pessoas vai desde o continente africano até ao Médio Oriente.

De acordo com a “Lusa”, a agência referiu que o surto de Ébola na África Ocidental e os conflitos no Sudão do Sul, bem como na República Centro Africano, Síria e Iraque obrigaram a OMS a «esticar até ao limite» a sua capacidade de resposta sanitária nestes países, mas, reconheceu, muito destes serviços «entraram em colapso».

Dados da OMS indicam que pelo menos 22 milhões de pessoas estão em risco de ser infetadas com o vírus Ébola, que já causou 2.917 mortos em 6.263 casos na África ocidental, sobretudo na Guiné Conacri, Libéria e Serra Leoa.

O conflito no Iraque atingiu 20 milhões de pessoas, incluindo 1,8 milhões de deslocados internos.

A instabilidade na Síria atinge, por seu turno, 10,8 milhões de pessoas e forçou a que 6,5 milhões de cidadãos abandonassem as suas casas para outras regiões do país.

A OMS está também a prestar a assistência humanitária a 5,6 milhões de pessoas no Sudão do Sul, país criado em 2011, mas que, desde dezembroúltimo, regista um conflito que já provocou mais de um milhão de desalojados, dezenas de milhares de mortos e o aumento da tensão entre etnias.

A agência da ONU é igualmente responsável pelo auxílio a 2,5 milhões de pessoas na República Centro Africana, que, desde dezembro de 2013 enfrenta situação de violência protagonizada por milícias muçulmanas, partidárias dos rebeldes do movimento Seleka, e cristãos denominados anti-Balaka.

OMS apela à moderação no consumo de sal para evitar risco de doenças cardíacas

A Organização Mundial de Saúde (OMS) exortou os governos mundiais a adotarem novas diretivas sobre o consumo de sal, visando reduzi-lo em 30% na dieta diária das populações até 2025.

Numa nota divulgada na página da Internet alusiva ao Dia Mundial do Coração, que se comemora na segunda-feira, a agência das Nações Unidas apela à implementação de algumas recomendações suas para reduzir o consumo de sal e assim evitar o risco de doenças cardíacas.

«Se a meta de reduzir globalmente o sal em 30% em 2025 for alcançada, milhões de vidas podem ser salvas de doenças cardíacas, derrames e doenças relacionadas», disse o diretor geral assistente de Doenças Não Transmissíveis e Doença Mental da OMS, OlegChestnov, citado na nota.

As recomendações foram adotadas num fórum sobre a redução do consumo de sal nas populações, realizado em Paris, em 2006, durante a qual a OMS apelou aos Estados- Membros da ONU e a respeitarem as diretivas sobre a forma de reduzir o consumo de sal na população com o objetivo de prevenir doenças não transmissíveis.

A agência da ONU assinala que «as doenças não transmissíveis, incluindo doenças cardíacas e acidente vascular cerebral, são a principal causa de morte prematura no século XXI», sendo responsável por mais mortes do que todas as distintas causas combinadas.

No comunicado, a OMS garante que está a apoiar os governos a implementarem um «plano de ação global para reduzir as doenças não transmissíveis», que abrangem nove metas globais, incluindo uma que visa reduzir o consumo global de sal em 30% até 2025.

Em muitas partes do mundo, o sal é a principal fonte de sódio na dieta das famílias, sendo que em muitos países, 80 por cento do consumo de sal vem de alimentos processados, como pão, queijo, molhos engarrafados, enchidos e refeições prontas.

Aquele organismo das Nações Unidas recomenda um nível de consumo de sal da população de menos de cinco grama diária por pessoa para prevenir doenças cardiovasculares, mas a maior parte dos países da União Europeia, incluindo Portugal, não respeita a diretiva da OMS sobre a quantidade sugerida.