O “burnout” – estado de esgotamento físico e mental causado pelo exercício de uma atividade profissional – já entrou oficialmente na lista de doenças da Organização Mundial de Saúde (OMS), como um problema associado ao emprego e desemprego.
A aprovação ocorreu durante a 72ª Assembleia-Geral da OMS, que decorre até terça-feira em Genebra, na Suíça, e entrará em vigor a partir de 1 de janeiro de 2022.
“É a primeira vez que o ‘burnout’ entra na classificação”, afirmou Tarik Jasarevic, porta-voz da OMS.
Agora, o burnout é classificado na 11ª revisão da CID, tem o código QD85, e surge na secção consagrada aos “problemas associados” ao emprego e desemprego, sendo descrito como “uma síndrome resultante de stress crónico no trabalho que não foi gerido com êxito”, e foi aprovado após as recomendações de vários peritos de saúde de todo o mundo.
No comunicado da OMS, pode ler-se que: “A CID-11 foi actualizada para o século XXI e reflecte os avanços críticos na ciência e na medicina”.
Nesta lista aparecem ainda os “distúrbios com videojogos” e o comportamento sexual compulsivo como transtornos mentais. Nas alterações muda-se a classificação do transgenderismo dos transtornos mentais para o capítulo das “perturbações relacionadas com a saúde sexual”.