A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu aos governos de todo o mundo medidas decisivas para acabar com a tuberculose, aproveitando a cimeira sobre a doença que a Organização das Nações Unidas (ONU) acolherá na próxima semana. A reunião realizar-se-á à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas.
De acordo com a OMS, nunca se deu tanta atenção e a um nível tão alto ao problema da tuberculose, nem se teve tão claro o que é preciso ter e fazer para acabar com a doença. «Devemos aproveitar este novo impulso e atuar em conjunto para por fim a esta terrível doença», disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, num comunicado acedido pelo jornal “Observador”.
Na cimeira, que se realizará em 26 de setembro, «está previsto a adoção de uma declaração política para reforçar a luta contra a tuberculose e aumentar os investimentos nessa área», afirmou o mesmo responsável.
O número de pessoas a morrer de tuberculose tem diminuído desde 2000, de acordo com um relatório anual da OMS, sendo que o número de casos fatais baixou de 23% registados em 2000 para 16% em 2017.
Ainda assim, a OMS estima que cerca de 1,3 milhões de pessoas tenham morrido de tuberculose no ano passado, referindo que as mortes em pessoas sem diagnóstico de VIH se situaram entre 1,2 e 1,4 milhões. Quanto aos que têm VIH, um grupo especialmente vulnerável, estima-se que 300.000 pessoas tenham morrido por causa da infeção com tuberculose.
No entanto, está-se ainda longe da meta estabelecida para 2020, de reduzir anualmente o número de mortes provocadas pela doença em 4 a 5%.