Faltam apenas dois dias para serem conhecidos os novos órgãos sociais da Associação Nacional das Farmácias. No próximo sábado, dia 9 de março, a Lista A, encabeçada por Duarte Santos, e a Lista E, liderada por Ema Paulino, que se recandidata à presidência da direção, submetem-se à vontade dos eleitores.
O Netfarma tem acompanhado a campanha eleitoral, trazendo-lhe, inclusivamente, numa iniciativa conjunta com a Farmácia Distribuição, um grande debate entre os dois candidatos. Depois das trocas de ideias, muitas vezes acesas, dessa noite, e de praticamente mais duas semanas de campanha eleitoral, apuramos agora junto dos candidatos um balanço da mesma e ainda uma última mensagem.
À procura da reeleição, Ema Paulino e a Lista E sempre defenderam e advogaram o trabalho e os resultados obtidos durante o mandato anterior, sendo “assumidamente uma lista de continuidade”. “Durante a campanha tivemos a oportunidade de mostrar os próximos desenvolvimentos do caminho que já estávamos a trilhar. “Por exemplo, na relação com o SNS e a integração da rede de farmácias nas estratégias do Serviço Nacional de Saúde. Mas também com outros agentes do circuito do medicamento e parceiros na área da saúde, com especial atenção à sustentabilidade económico-financeira das farmácias e também à resolução dos problemas económico-financeiros do grupo ANF”, começou por dizer.
Por conseguinte, Ema Paulino afirmou ter demonstrado, ao longo da campanha, “opções de continuidade”, de onde adveio um feedback de “muito otimismo em relação ao futuro do setor”. “Tivemos bastantes sessões descentralizadas, muitas sessões online, visitámos farmácias, e há uma grande mobilização em torno das mensagens que o setor tem vindo a passar, relativamente à disponibilidade para fazer parte da solução na estratégia do SNS”, explicou.
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“Há também uma mensagem de maior tranquilidade em relação aos aspetos financeiros do grupo ANF e, nesse quadro mais tranquilo relativo à questão económico-financeira do grupo, é mais fácil as farmácias poderem focar-se e mobilizar-se para os nossos desafios conjuntos”, acrescentou.
Sobre o que ouviu junto das farmácias e eleitorado durante as últimas semanas, principalmente o que os preocupa, Ema Paulino destacou “claramente a questão da reorganização ao nível do Serviço Nacional de Saúde e a instabilidade política”. “Havia muitas questões sobre como é que nós nos propúnhamos a continuar o trabalho que estávamos a realizar, no meio desta indefinição e contexto de reorganização. As farmácias estão expectantes quanto à continuidade do trabalho e com quem é que vamos efetivamente trabalhar no futuro”, explicou.
Outro tema muito abordado, segundo a líder da Lista E, foi a “performance do grupo ANF do ponto de vista económico-financeiro, porque essa componente não é tão visível no dia a dia das farmácias, portanto não acompanham, nem têm tanta informação sobre essa matéria”.
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“Havia apreensão em relação à capacidade do grupo em fazer face às suas responsabilidades, perante um contexto financeiro desfavorável, até devido à questão dos juros e da inflação. Sobre a preocupação a este nível, tivemos a oportunidade, de certa forma, de dissipar a situação. Por um lado mostrando os resultados positivos, por outro lado falando sobre as propostas que temos para um novo mandato. Isto em termos de opções de refinanciamento da própria dívida, que passam por uma discussão alargada e estratégica com os associados”, disse também.
Em jeito de mensagem final, Ema Paulino congratulou-se com o facto de “no setor das farmácias não ser preciso apelar ao voto, porque a taxa de abstenção é sempre muitíssimo reduzida, pelo que as pessoas estão mobilizadas para votar”. “Gostaria de deixar uma mensagem de otimismo e união para o dia que se segue às eleições, porque estou certa de que independentemente da opção tomada pelos associados, temos que trabalhar todos em conjunto para alcançar os objetivos a que nos propomos”, finalizou.
