“Operação Antídoto”: dono de farmácia em prisão preventiva 1913

O dono da farmácia é o principal suspeito de fraude da “Operação Antídoto”, que levou à detenção de cinco médicos e cinco delegados de informação médica, no esquema fraudulento ao Serviço Nacional de Saúde (SNS). Encontra-se em prisão preventiva, enquanto os restantes dez arguidos permanecem em liberdade.

O juiz de instrução criminal considerou que havia o perigo de continuidade da atividade criminosa para o dono da farmácia da Amadora, considerado o mentor de todo o esquema. O juiz manteve em liberdade os restantes dez arguidos, com termo de identidade e residência.

A Polícia Judiciária (PJ) encontrou meio milhão de euros em notas e centenas de caixas de medicamentos que iriam ser vendidas para África e norte da Europa, assim como vinhetas dos médicos detidos que alegadamente passavam receitas fraudulentas e ainda listas com nomes de utentes para serem usados nas prescrições fantasma. Tudo isto num armazém na zona de Odivelas, que pertence ao principal suspeito.

O objetivo do esquema fraudulento era lucrar com as comparticipações do estado em alguns medicamentos mais caros. Num dos casos mais flagrantes, um médico prescreveu, numa única receita electrónica,  mais de 400 caixas de comprimidos no valor de mais de 5 mil euros.