A ministra da Saúde e o ministro dos Negócios Estrangeiros apresentaram os resultados intercalares da implementação do Plano de Ação na Resposta Sanitária à Pandemia COVID-19, entre Portugal, os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e Timor-Leste, no qual a Ordem dos Farmacêuticos (OF) tem estado envolvida.
De acordo com uma nota publicada pela OF, “o plano inicial previa um investimento na ordem dos três milhões de euros, com a disponibilização de cerca de 800 mil itens de material médico e de proteção individual e a realização de 96 atividades formativas, num total de 583 horas de formação”.
Até ao momento, a verba ascende já aos 3,75 milhões de euros, e foram disponibilizados cerca de 278 mil itens de material médico e de proteção individual, maioritariamente máscaras cirúrgicas e sociais.
A OF realizou quatro das 27 ações de formação já realizadas, num total de 774 horas. A formação foi dirigida a cerca de 800 profissionais de instituições como o Ministério da Saúde, Associações de Farmacêuticos, Ordens dos Farmacêuticos, Universidades e profissionais a título individual, com atividade tanto no setor público, como no setor privado e social, dos cinco países africanos lusófonos: Angola, Cabo Verde, Moçambique, Guiné Bissau e São Tomé e Príncipe.
Durante a formação os profissionais aprofundaram os comnhecimentos sobre a colheita, tratamento de amostras, testes e interpretação de resultados na COVID-19 e sobre a utilização de medicamentos off-label no tratamento da doença.
De acordo com a nota da OF, a entidade que representa os farmcêuticos portuguese esteve, também, envolvida na operacionalização do apoio prestado à realização de testes nos PALOP, nomeadamente no ensino da técnica para realização de testes PCR.
“Na segunda fase do Plano, que agora se inicia, o Governo e as entidades parceiras – Sociedade Portuguesa de Cuidados Intensivos, Fundação Aga Khan, Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto e a Fundação Gulbenkian, entre outras – atribuem especial enfoque às campanhas de vacinação, tendo a OF reiterado disponibilidade para continuar a contribuir e apoiar a formação dos profissionais farmacêuticos nos países lusófonos”, frisa a nota, sublinhado que “a OF realçou a importância da capacitação deste profissionais, que estão envolvidos em todas as fases de processo de vacinação, desde o desenvolvimento, fabrico, aprovação, distribuição e administração de vacinas. Em particular, sugeriu a organização de momentos formativos sobre a distribuição e armazenamento de vacinas, nomeadamente sobre os princípios gerais da cadeia logística de abastecimento e outros aplicados às vacinas, mas também sobre a importância da farmacovigilância e monitorização adicional destas vacinas, de novos fármacos ou do seu uso em novas indicações, como a COVID-19”.