O bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, Helder Mota Filipe, defendeu esta terça-feira, que o incêndio no Hospital Divino Espírito Santo (HDES) de Ponta Delgada, nos Açores, foi um “desastre nacional”, apelando à solidariedade de todos para minimizar os danos.
“Este é um assunto nacional. É uma situação que deve ter a solidariedade de todas as instituições e a nível nacional. Embora afete mais diretamente os utentes deste hospital, é um problema nacional e todos nós devemos estar envolvidos na minimização dos danos causados”, afirmou Helder Mota Filipe, no Hospital de Ponta Delgada, citado pela Lusa.
O bastonário elogiou, por outro lado, a resiliência que os profissionais de saúde demonstraram para “minimizar o impacto” da inoperacionalidade do HDES.
“Sei que tem havido um esforço de todos os colegas que, trabalhando em diferentes sítios porque tiveram de ser divididos por diferentes instituições, mantiveram a articulação e minimizaram os efeitos que os doentes possam sentir. Tem havido um esforço grande”, destacou.
O HDES sofreu um incêndio no dia 4 de maio, que o deixou sem atividade e obrigou à transferência de todos os doentes que estavam internados para outras unidades de saúde dos Açores, da Madeira e do continente.
O fogo, em investigação, terá tido origem num quadro elétrico, que, segundo a administração, tinha as vistorias em dia.
O Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM) também já aprovou alterações ao contrato-programa com o Hospital Divino Espírito Santo para acomodar os prejuízos do incêndio, avaliados em 24 milhões de euros.