A Ordem dos Farmacêuticos, através do seu portal, vem pedir mais informação e discussão sobre o tema da Eutanásia que vai esta quinta-feira à Assembleia da República para ser deliberado.
São cinco os projetos de lei que versam a morte medicamente assistida, apresentados pelos Partido Socialista, Bloco de Esquerda, Partido das Pessoas, Animais e Natureza, Partido Ecologista “Os Verdes” e Iniciativa Liberal.
“A Ordem dos Farmacêuticos considera que a sociedade precisa conhecer melhor os termos dos projetos de lei em apreciação e as suas diferenças. Entendemos que este debate não foi feito e que a matéria legislativa em apreço que verte este tema tão complexo dos ângulos do final da vida não deve ser refém de pressas injustificáveis”, esclarece a Ordem no seu portal.
Apesar desta ser uma discussão que tem sido debatida ao longo dos últimos anos, e apesar da Ordem dos Farmacêuticos ter tido a oportunidade de participar em discussões promovidas pelo Conselho Nacional de Éticas para as Ciências da Vida (CNECV) sobre esta temática, o facto é que “boa parte dos portugueses têm uma posição fundamentada sobre o assunto, mas o mesmo não se poderá dizer sobre o teor das iniciativas legislativas agora em discussão no Parlamento”.
“A Ordem dos Farmacêuticos considera que a sociedade precisa conhecer melhor os termos dos projetos de lei em apreciação e as suas diferenças. Entendemos que este debate não foi feito e que a matéria legislativa em apreço que verte este tema tão complexo dos ângulos do final da vida não deve ser refém de pressas injustificáveis. Apesar das legítimas convicções individuais, também o debate no seio da profissão farmacêutica, enquanto profissionais de saúde muitas vezes envolvidos na prestação de cuidados paliativos, carece de maior profundidade, muito particularmente sobre as propostas de diplomas e sobre um eventual referendo aos portugueses sobre esta matéria”, defendem na nota divulgada.