Ordem dos Médicos diz que problemas no Garcia de Orta se mantêm 27 de Fevereiro de 2015 O presidente do Conselho Regional do Sul da Ordem dos Médicos disse ontem que os problemas no hospital Garcia de Orta se mantêm e que após a demissão de sete chefes de equipa de urgência só foram acrescentadas 16 camas. «Resolvemos visitar o hospital Garcia de Orta para ver se depois da crise que houve, com as gripes, em que o ministro declarou que em cinco dias resolvia a situação, se tal tinha acontecido, mas nada foi resolvido», disse Jaime Mendes, de acordo com a “Lusa”. Jaime Mendes realizou ontem uma visita ao hospital Garcia de Orta, em Almada, acompanhado pelo presidente da Câmara de Almada, Joaquim Judas (PCP), e por elementos da comissão de utentes, tendo reunido com a administração do hospital. «Esta situação não é culpa dos profissionais nem da administração do hospital, a responsabilidade é do ministério e da ARS-LVT, porque são eles que decidem. Apenas aumentaram mais 16 camas, o que é muito pouco, o resto está tudo na mesma», salientou. O presidente do Conselho Regional do Sul da Ordem dos Médicos referiu que é preciso contratar médicos, sem recorrer às empresas de prestação de serviço, algo que o hospital não está autorizado a fazer. «A radiologia continua a não funcionar depois das 20 horas, o que é grave para os doentes. Existe também falta de anestesistas, pois nas urgências estão assegurados, mas existe falta a nível geral que leva a adiar cirurgias», salientou. Jaime Mendes afirmou ainda que no primeiro andar da urgência, que hoje estava com um tempo médio de espera de seis horas, estavam mais de 50 macas ocupadas à espera de um destino para os doentes. «O serviço de urgência continua a dar uma imagem terceiro-mundista de macas que ali vão ficar 24 horas à espera, alguns de alta para casa outros para internamento nos serviços. Estavam mais de 50 macas à espera de destino no primeiro piso da urgência, quando deviam estar cerca de 28, mas é preciso dar rapidamente um destino a esses doentes», explicou, referindo que também existiam macas nos corredores. Sobre os responsáveis dos serviços demissionários no hospital, Jaime Mendes referiu que a informação que tem é que estes estão a trabalhar mas continuam demissionários. «Agora vamos escrever ao ministro sobre a situação que encontrámos aqui», concluiu. |