A Ordem dos Médicos (OM) e o Conselho Geral de Colégios Oficiais Médicos de Espanha (CGCOM) assinaram a Declaração de Madrid, um acordo de colaboração estreita entre as duas instituições, com vista à definição de estratégias conjuntas para melhoria da saúde e das condições envolventes da profissão médica de ambos os países.
O acordo foi subscrito pelo Bastonário da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, e pelo o presidente da comitiva espanhola, Tomás Cobo Castro, reunidos na capital espanhola nos dias 30 e 31 de maio.
O pacto firmado entre as organizações ibéricas, “no âmbito do compromisso partilhado com a profissão médica e a sociedade, prevê o trabalho conjunto em organizações médicas internacionais e apoio mútuo na formação médica adequada e na acreditação dessa formação”, informa a OM em comunicado.
A união de forças das duas instituições, a expansão dos programas nacionais e internacionais de acreditação de formação agora oficializados e o intercâmbio de experiências pretendem “enfrentar os desafios da saúde, assegurar a qualidade da formação médica e o reconhecimento da competência e qualificação profissional”.
As novas tecnologias e o impacto destas na eficácia e sustentabilidade dos sistemas de saúde não são esquecidas na parceria assinada, estando previsto a implementação paralela de medidas que contribuam para o “desenvolvimento da telemedicina e da transformação digital, bem como de novas tecnologias e aplicações nas áreas de diagnóstico, tratamento, comunicação e informação”, lê-se no documento.
A criação de uma Escola de Verão para os estudantes de medicina nos últimos anos da licenciatura, a incorporação da OM à iniciativa espanhola “Aliança Médica contra as Alterações Climáticas” e o desenvolvimento de esforços para elevar a relação médico-doente a Património Imaterial da Humanidade pela UNESCO são objetivos da Declaração de Madrid.
À margem da assinatura do protocolo, a Ordem dos Médicos reuniu ainda com a homóloga espanhola, a Organização Médica Colegial (OMC), e com a secretária de Estado da Saúde do Governo de Espanha, Silvia Calzón.
