Ordem dos Médicos satisfeita com distribuição de medicamentos inovadores de hepatite C 366

Ordem dos Médicos satisfeita com distribuição de medicamentos inovadores de hepatite C

10-Jan-2014

O bastonário da Ordem dos Médicos manifestou-se hoje satisfeito com o acordo entre o INFARMED e a Indústria Farmacêutica para que os medicamentos inovadores para o tratamento da hepatite C comecem a ser disponibilizados já em janeiro.

«Vemos com muita satisfação. Chega com dois anos de atraso, mas é positivo que finalmente tenha sido conseguido o acordo entre o Ministério da Saúde e a Indústria Farmacêutica, com um mecanismo de avaliação que será centrado no grupo de trabalho da hepatite c da Comissão Nacional Farmácia e Terapêutica onde a Ordem está representada», disse à “Lusa” José Manuel Silva.

Em dezembro, o bastonário da Ordem dos Médicos avançava que havia doentes com hepatite C «condenados à morte» por ainda não ter sido autorizada a comparticipação de novos medicamentos para combater a doença.

Na altura, o ministro da Saúde, Paulo Macedo, criticava aquilo que chamava de uma «sistemática pressão» sobre o Estado para a introdução de novos fármacos, afirmando que só em 2013 foram gastos cerca de «90 milhões de euros em medicamentos inovadores».

Paulo Macedo reafirmava então que, «para chegar a um acordo», era preciso existir um entendimento entre o Estado e a Indústria Farmacêutica. A Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde revelou em comunicado que chegou quinta-feira a acordo com a Indústria Farmacêutica para a comparticipação do tratamento da hepatite C, depois de alguns meses de negociação.

A despesa global inicialmente prevista para este tratamento era de 30 milhões de euros, mas, de acordo com o INFARMED, o processo de negociação permitiu alcançar uma redução de cerca de 60% do valor estimado.

Anteriormente, o tratamento estava disponível mediante um procedimento de exceção, designado por Autorização de Utilização Especial, no entanto, com o acordo alcançado, o tratamento passa a estar disponível para os doentes em todo o mercado nacional, já a partir de janeiro.