Ordem pede criação de cheque dentista de urgência 24 de julho de 2015
Numa carta aberta a todos os candidatos ao parlamento, que será publicada em jornais nacionais no sábado, a Ordem dos Dentistas alerta para a «reiterada ausência de soluções de medicina dentária no Serviço Nacional de Saúde (SNS)», avança a “Lusa”.
Na carta, assinada pelo bastonário Orlando Monteiro da Silva, a Ordem mostra-se preocupada com a dificuldade da população, sobretudo da mais desfavorecida, em aceder a um dentista e defende, por isso, a criação de um cheque dentista de urgência, a disponibilizar em consultórios aderentes, «para dar resposta às situações recorrentes de dor e trauma dentário».
Numa altura em que se divulgam os programas eleitorais dos partidos candidatos às legislativas, os dentistas pretendem manifestar a sua disponibilidade para encontrar soluções que colmatem a falta da saúde oral no SNS.
A Ordem defende ainda o alargamento do cheque-dentista a todos os jovens até aos 18 anos, um programa que tem mostrado resultados positivos na população escolar. O Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral abrange já crianças e jovens que frequentam as escolas públicas aos 7, 10, 13 e 15 anos, bem como grávidas seguidas nos serviços públicos, idosos que recebem o complemento solidário e portadores de VIH/sida. Para a Ordem dos Dentistas, deveria ser ainda avaliada a inclusão no programa de doentes com diabetes, um grupo com riscos adicionais para problemas de saúde oral.
«Portugal tem mais de cinco mil clínicas e consultórios dentários com cobertura nacional com condições para que seja criada uma rede de convencionados com o SNS, abrindo em simultâneo a medicina dentária aos cuidados de saúde primários», defende a Ordem, concluindo que tem havido uma «visão profundamente errada que separa a saúde oral da saúde no seu todo».
|