Organização Mundial de Saúde escolhe espanhol para dirigir programa contra malária
31 de julho de 2014
A Organização Mundial de Saúde (OMS) indicou o espanhol Pedro Alonso como novo diretor do Programa Mundial contra a Malária, anunciou um porta-voz da organização.
Alonso assumirá as suas novas funções no dia 13 de outubro, segundo o porta-voz da OMS Gregory Hartl, citado pela agência “EFE”.
O especialista espanhol integra desde 2011 a comissão da OMS para políticas de malária e é o diretor da comissão científica da estratégia técnica mundial contra a doença, que ainda está a ser elaborada.
Atualmente, Pedro Alonso dirige o Instituto de Saúde Global de Barcelona, chefe do serviço de saúde internacional e medicina tropical do Hospital Clínic, na mesma cidade, e é catedrático da Universidade de Barcelona.
O responsável tem trabalhado nos últimos 25 anos na prevenção e tratamento desta doença tropical e ultimamente tem-se dedicado na elaboração de uma vacina, a RTS,S.
Ontem foram revelados novos dados promissores dos ensaios clínicos desta nova vacina, em fase de experimentação em sete países africanos.
A OMS anunciou que emitirá no primeiro trimestre de 2015 a sua recomendação sobre esta vacina.
Em abril passado, a OMS apresentou um manual sobre como atuar para erradicar a malária, aplicando estratégias que têm dado bons resultados em muitos países e que permitiram salvar a vida a 3,3 milhões de pessoas desde 2000.
Desde este ano, a mortalidade associada à malária reduziu-se em 42% no mundo e em 49% em África, continente onde a doença tem mais incidência, citou a “Lusa”.
Em 2012, registaram-se 207 milhões de casos de malária no mundo, causando a morte a 627 mil pessoas, dos quais 482 mil eram crianças menores de cinco anos.
A malária é uma doença que se transmite através da picada de um mosquito, pelo que pode ser prevenida através do uso de repelentes e de redes mosquiteiras impregnadas com inseticida.
Em 2013, registaram-se casos de malárias em 97 países, calculando-se que existam no mundo 3.400 milhões de pessoas, metade da população mundial, em risco de contrair a doença.