Organização Mundial de Saúde precisa de mais 4 milhões de dólares para combater epidemia de ébola 418

Organização Mundial de Saúde precisa de mais 4 milhões de dólares para combater epidemia de ébola
14-Abr-2014

A Organização Mundial de Saúde (OMS) precisa de mais 4 milhões de dólares para combater a epidemia de ébola que afeta a África Ocidental, com mais de 180 casos e 101 mortes registadas, adiantou no sábado o diretor regional daquela entidade.

O angolano Luís Gomes Sambo fez este alerta em conferência de imprensa, onde anunciou a realização da primeira reunião de Ministros da Saúde de África, que decorrerá em Luanda entre hoje e quinta-feira.

Luís Gomes Sambo disse que a República da Guiné regista um total de 156 casos e a Libéria 25, salientando que entre as vítimas mortais constam oito trabalhadores de saúde.

Segundo aquele responsável, a OMS enviou 47 peritos para os dois países, tendo intensificado a sua ação de formação para o pessoal deslocado.

«A epidemia ainda está ativa e tememos que possa propagar-se ainda mais, mas as medidas de contenção estão em curso», sublinhou Luís Gomes Sambo, citado pela “Lusa”.

Na ocasião, aquele dirigente da OMS reafirmou a oposição da organização ao encerramento de fronteiras como medida de contenção do ébola.

Na quinta-feira, segundo um comunicado da OMS, começou em Conakry, capital da República do Guiné, a primeira sessão de formação para 70 pessoas, estagiários que vão trabalhar nas comunidades mais atingidas pelo vírus ébola, para acompanhar as pessoas que estiveram em contacto com pacientes infetados.

Formações sobre o controlo das infeções começaram na terça-feira no hospital Donka e deverão também ser alargadas a outros centros médicos nos próximos dias.

Ao mesmo tempo, a OMS está a preparar um centro operacional no Ministério da Saúde guineense para coordenar todas as atividades relacionadas com a deteção da doença, investigação, transporte, hospitalização e inumação dos corpos.

A febre do ébola, cuja taxa de mortalidade pode chegar aos 90%, é uma doença viral grave, que se traduz em febres altas, dores violentas, náuseas, vómitos e hemorragias, não existindo vacina ou tratamento.

Os doentes estão a ser hidratados e, até ao momento, oito pessoas foram curadas na República da Guiné.