Os novos desafios da Indústria Farmacêutica debatidos na 2ª Conferência MF Talks 2055

Os novos desafios da Indústria Farmacêutica debatidos na 2ª Conferência MF Talks

01 de Outubro de 2015

Como deve a Indústria Farmacêutica enfrentar os novos desafios e implementar mudanças? Esta foi uma das várias questões levantadas ontem, durante a 2ª Conferência MF Talks – “THE SURVIVAL OF THE FITTEST”, uma iniciativa dinamizada pela revista Marketing Farmacêutico, que decorreu no Hotel Tryp Lisboa Aeroporto.

 

O evento reuniu profissionais da Indústria Farmacêutica que refletiram sobre a forma como o setor se deve adaptar à realidade atual, caracterizada pela existência de novos stakeholders.

 

«Que valências podemos introduzir na nossa organização para fazer face aos novos desafios? Para sermos eficazes junto dos novos stakeholders, os gestores hospitalares, por exemplo, preocupados com questões de custo?», interrogou Maria Luísa Castanheira, Human Resources Director Iberia, da Abbott e oradora convidada.

 

Durante a sua apresentação, Maria Luísa Castanheira reforçou que o principal cliente dos laboratórios farmacêuticos já não é a classe médica e que essa mudança tem um impacto direto nas organizações. «É necessário realizar um mapeamento dos stakeholders e perceber quem tem o poder de decisão que afeta o nosso negócio».

 

Para a oradora, é fundamental que as empresas se adaptem à nova realidade, traçando um plano de gestão robusto e definindo um novo modelo organizacional. Para tal é necessário definir as prioridades e objetivos da empresa, avaliar o mercado e as tendências e conhecer o plano de negócios e o portefólio da própria empresa. 

 

No entender de Maria Luísa Castanheira, as empresas devem ainda perspetivar cenários futuros onde a organização terá de operar e questionar que valências serão necessárias para enfrentar os novos desafios do mercado.

 

No decorrer do debate, que juntou cerca de 50 pessoas na plateia, Paulo Teixeira, Country Lead Global Established Pharma Business, da Pfizer, lembrou que «as mudanças que estão a operar no mercado farmacêutico são de uma natureza muito rápida, às quais é complexo responder», sendo importante implementá-las em momentos de sucesso pois «a pressão é inimiga de um processo de mudança bem pensado». O convidado acrescentou que para se «sobreviver é importante incutir-se um espírito empreendedor nos colaboradores e conhecer cada vez melhor os clientes com quem interagimos».

 

Também Paulo Rebelo, Business Unit Director Oncology, da Pierre Fabre, se focou na questão dos recursos humanos: «é através das pessoas que vamos conseguir cumprir os objetivos», disse, realçando que as diferentes valências de todos os colaboradores devem ser aproveitadas e potenciadas.

 

O debate, moderado por Luís Vasconcelos Dias, Pharma & Healthcare Consultant, foi encerrado com uma questão levantada por Miguel Sanches, Medical Director, da Roche, que alertou para o facto de as organizações «terem de estar preparadas para lidar com pessoas com certos perfis» que podem ser uma mais-valia para as empresas, mas também podem querer romper com aquilo que vigora no seio das organizações.

 

A 2ª Conferência MF Talks teve o patrocínio da PharmaPlanet e da Logifarma e contou com o apoio da IMS Health. 

 

A revista Farmácia Distribuição e os portais infoRH e Netfarma foram media partners deste evento.

 

Vídeo disponível aqui