A Associação Portuguesa de Bioindústria (P-BIO) apresentou o plano estratégico Bio-Saúde 2030, assim como os resultados do estudo de caracterização do setor da biotecnologia em Portugal.
O Plano estratégico Bio-Saúde 2030 apresentado tem como intuito a promoção da investigação e desenvolvimento clínico em Portugal como motor de novo financiamento do SNS, a constituição de uma reserva estratégica de capacidade produtiva para UE em saúde, a promoção do emprego altamente qualificado e a capacitação do tecido industrial da UE através da criação do SME Business European Enhancement Act.
Já o estudo refere que das empresas em Portugal que desenvolvem investigação e desenvolvimento em biotecnologia, cerca de 60% são dedicadas à biotecnologia médica, sendo as restantes 40% dedicadas à biotecnologia aplicada à bioeconomia (agroindústria, floresta, mar, industrial ou ambiental). Regista-se uma média de 4 anos entre a constituição da empresa e o lançamento do produto no mercado, pelo que há necessidade de investimento de longo prazo que permita a consolidação das empresas que consigam ter um pipeline de produtos em investigação e outros em produção para se tornarem sustentáveis ao longo do tempo. Um terço das empresas de biotecnologia em Portugal recorre a fundos próprios.
O estudo indicou também que metade das empresas realiza exportações, o que mostra uma grande abertura para o exterior neste setor. As remunerações são 1,6 vezes superiores em comparação com a média nacional, com a biotecnologia a estar presente em 4 das 5 áreas em que mais se gera patentes em Portugal.
A sessão contou com a participação de Manuel Heitor (Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior) e António Costa Silva.