
A DECO Proteste, organização de defesa do consumidor, realizou um estudo para avaliar a satisfação dos portugueses com os cuidados de saúde primários, entre março de 2020 a junho de 2021.
De acordo com os dados, a satisfação global com os centros de saúde desceu, com 55% dos portugueses a indicar que precisaram de cuidados de saúde não relacionados com a covid-19 durante a pandemia, e 46% indicaram não ter recebido todos os cuidados que precisavam. Destes, 27% não tiveram uma única consulta.
Os dados indicam ainda que sete em cada dez utentes que falharam cuidados de saúde, não fizeram duas a cinco das consultas de que precisavam entre o início da pandemia e até meados de 2021.
A maioria dos inquiridos que têm o seu médico de família há menos de um ano (55%) indicam não terem tido todos os cuidados que precisavam, um valor superior aos pacientes que têm o mesmo médico há mais de 10 anos (40%).
Em termos geográficos, o norte do País surge à frente das falhas reportadas, com 54% a reportarem que não viram todas as suas necessidades atendidas.
Apenas um terço dos inquiridos que precisaram de cuidados de saúde não penalizaram o clínico geral.
Quatro em dez consideram o acompanhamento médico insatisfatório e 28% assinala a opção “sofrível”.
Sobre o nível de satisfação atual com os cuidados de saúde primários, 31% dos inquiridos estão insatisfeitos com o médico de família e 37% com o centro de saúde.