É difícil atrair investimento da Pfizer para Portugal perante várias barreiras regulatórias e burocráticas que o país enfrenta, declarou Paulo Teixeira, presidente-executivo da Pfizer Portugal.
“Portugal compara sempre mal, tem sempre ficado mal na fotografia”, anunciou, hoje (09), Paulo Teixeira, durante a conferência do 8ª aniversário do Jornal Económico, acrescentando que é difícil “defender e demonstrar” na sede da empresa que “faz sentido mais investimento” em Portugal.
“Demoramos 700 dias a trazer medicamentos para o mercado, pagamos contribuição extraordinária sobre tudo o que vendemos. Colocar Portugal no mapa torna-se difícil”, afirmou, citado pelo Jornal Económico.
Sobre os atrasos no pagamento do sector público aos fornecedores, o responsável apontou que “apesar de tarde, o Estado paga”, salientando que, neste caso, o país compara melhor face a outros países europeus, como a Grécia.
De acordo com os dados apresentados pelo responsável, o Estado português tem uma dívida total de 700 milhões de euros à Indústria Farmacêutica, com a dívida vencida a atingir os 400 milhões, com o prazo médio de recebimento a ser de 200 dias em média.